Independência sempre – Comentário do dr Jorge Lisbôa Goelzer
A independência
dos poderes de Estado, Legislativo, Executivo e Judiciário, essencial à
democracia. Cada um cumprindo com a sua missão, recomendável em harmonia e
sempre sem subserviência. As matérias postas ao Legislativo, dispensável
dizê-lo, ensejam decisões que podem contrariar pretensões do Executivo. Essa contrariedade,
que não significa afronto, se com votos de parlamentares de partidos na
composição de governo, gera imagem de derrota. Exemplo, a discussão sobre o
Marco Legal do Saneamento. Aliás, decretos manifestamente equivocados
submetidos à Câmara dos Deputados. O Presidente Lula, reclamou, ressaltando que
a dificuldade está em atender, colocação preocupante, às reivindicações dos
deputados. Pois bem. Desculpem-nos a ingenuidade, mas os parlamentares, mesmo
em sendo de partidos comprometidos com a administração, não perdem a capacidade
de afirmar o que melhor para a população. Logo, ao invés da derrota, veja-se
vitória. Partindo-se do pressuposto de que tanto Executivo como Legislativo
buscam ir ao encontro das aspirações nacionais, decisão que favoreça a
sociedade, construtora do país, não significa que haja alguém derrotado. Quando
se fala em articulação política, dispensável enfatizar, tem de ser, para gerar
comprometimento, na elaboração dos projetos, não apenas no momento de votações.
Por:
Dr Jorge Lisbôa Goelzer
Advogado
– Erechim RS