Hospital Santo Antônio de Estação luta para manter as portas abertas

(Divulgação  Foto: Fábio Eberhardt – Tribuna)

Nas últimas semanas tem circulado em grupos de conversas e redes sociais uma campanha para a arrecadação de alimentos, produtos de limpeza e higiene para o hospital Santo Antônio de Estação. A iniciativa visa ajudar a entidade que passa por dificuldades. Hoje, com 23 funcionários, o hospital contabiliza salários atrasados de parte das equipes administrativa e técnica, além de impostos governamentais. Segundo o atual diretor, Leonel Francisco Baranzeli, o custo mensal de funcionamento é de cerca de R$ 120 mil reais, porém a conta entre receita e despesa não fecha.

“Nossa arrecadação hoje bate a casa dos R$ 90 mil reais, mas por mês estamos tendo um gasto além de R$ 30 mil. Com isso a dívida só aumenta enquanto buscamos uma saída para fazer os acertos. Além dos trabalhadores, buscamos agora os prestadores de serviços para um diálogo e explicar a situação”, salienta.

Inaugurado em agosto de 1952, o hospital foi fundado por um grupo de amigos, no total sete moradores, para ser particular, com fins lucrativos, atendendo pacientes de Estação e de toda a região. Por uma série de fatores, entre elas, a diminuição de atendimentos e repasses públicos, uma vez que não se enquadrava na legislação. Desta forma o cenário foi se agravando. Em 2021, representantes dos sócios anunciaram a não continuidade dos trabalhos e entregaram para a comunidade seguir com a gestão.

A partir da desistência, um grupo de amigos decidiu abraçar a causa e desde agosto de 2021 assumiu a nova gestão, que busca agora o reconhecimento de instituição filantrópica por parte do Ministério da Ação Social. Isso significa receber recursos federais, dedução de impostos e incentivos para seguir de portas abertas.

“Somos um hospital importante para milhares de pessoas. Considerado de média complexidade, hoje vem gente do município, de Ipiranga do Sul e Erebango. Inclusive existem repasses por esses atendimentos. Desde que assumimos estamos nessa transição para colocar a casa em ordem. Os antigos funcionários já passaram a integrar a associação, quem participa da gestão é de forma voluntária, sem receber salário. É um engajamento de muitas mãos para alavancar esse patrimônio que é de todos nós”, afirma Baranzeli.

O próximo passo é integrar a comunidade para que faça parte da associação que vai manter a instituição funcionando. Um programa de participação de ajuda já é elaborado e em breve deverá ser divulgado. Quem quiser poderá colaborar de forma espontânea ou mensalmente com algum valor.

O presidente da Câmara de Vereadores de Estação, vereador Solano Martinello (PRD), juntamente com os demais parlamentares, solicitou uma reunião com a equipe diretiva do HSA para verificar quais as principais demandas e entender melhor a situação em que se encontra o hospital e a partir definir ações para poder efetivamente auxiliar a entidade. A reunião acontecerá no dia 10 de janeiro.

Fonte: Tribuna Getuliense

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