Brasília, Socorro! Comentário do Dr Jorge Lisbôa Goelzer

Ninguém desconhece, na União, a concentração exacerbada dos tributos produzidos pelos sofridos contribuintes. Logo, não são surpreendentes as carências dos estados e, notadamente, dos municípios, onde tudo acontece, para realizações de obra, mesmo em ambiente de normalidade. Essa é a regra. Idas de prefeitos a Brasília, com um pires na mão, são frequentes. Na atualidade, incomparavelmente pior em decorrência da tragédia que nos maltratou. Ao momento, diante dessa situação, dois focos de atuação: reconstrução do Estado e recomposição imediata de recursos financeiros, da alçada exclusiva da esfera pública federal, já que carência manifesta pela redução de arrecadação, para que possam os municípios, ao menos, manter as máquinas administrativas operando em favor de seus munícipes. Daqui a pouco, em persistindo o quadro, a paralisação gerando desespero. Para esse desiderato, nenhuma providência a não ser a busca de recursos de quem detém o cofre e a chave. Prefeitos na ordem de 400, em organização da Famurs, deslocaram-se a Brasília, levando projetos e demandas específicas consideradas imprescindíveis ao governo federal. Isso agora, dias 2 e 3. Fizeram o que lhes cabia, antes que seja tarde. Haja acolhimento rápido, esperamos.

Dr Jorge Lisbôa Goelzer

Advogado – Erechim RS

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