FAMURS - Articulação quer manter forma de eleição na Famurs

A articulação para evitar a mudança no processo de eleição da presidência da Famurs, que representa os municípios no Rio Grande do Sul, prevista para esse ano, ganhará força na próxima semana. Ainda sem data definida, um encontro deverá reunir os presidentes dos quatro partidos que elegeram mais prefeitos no Estado no ano passado (PP, MDB, PDT e PTB) e o atual presidente da Famurs, Maneco Hassem, para debater o assunto, diante da contrariedade com a alteração no processo eleitoral.

Tradicionalmente a escolha é uma mera formalidade. Um acordo é firmado pelas legendas com maior número de prefeitos eleitos e, a partir dele, as siglas fazem um rodízio na ocupação da presidência. Assim, cada partido é responsável por escolher o seu indicado internamente. Aprovada há três anos, a mudança que deve vigorar a partir deste ano prevê que os três maiores partidos (PP, MDB e PDT) poderiam indicar os seus candidatos e eles iriam para votação, na qual participariam os 497 prefeitos. Esse processo ocorreria nos três primeiros anos de cada legislatura (2021,2022 e 2023). No quarto ano (2024), todos os partidos (independente da quantidade de prefeitos eleitos) poderiam participar da disputa e indicar os seus candidatos.

Hassem adianta que o assunto deverá ser discutido na segunda assembleia da Famurs na primeira semana de fevereiro. O encontro reúne os 27 presidentes de associações regionais. Caberá a eles aprovar ou não possíveis mudanças na eleição. A intenção é evitar a mudança e manter o modelo adotado atualmente. Normalmente, a eleição é marcada para ocorrer entre abril e maio e a transmissão de cargo ocorre em junho.

Maneco Hassem (PT) considera importante manter o atual modelo de escolha. “A ideia é retomar o sistema anterior, que é igual ao adotado pela Assembleia Legislativa. Isso evita a disputa, que traz prejuízos à manutenção da entidade”, ressalta.

A mesma avaliação é feita pelo presidente estadual do MDB, deputado federal Alceu Moreira. Segundo ele, a disputa seria prejudicial à entidade. “A Famurs se consolidou como uma importante entidade municipalista no país com este modelo de eleição. A alteração vai gerar muita disputa interna”, enfatiza. Além disso, ressalta que os partidos têm condições de escolher internamente aquele que ocupará da melhor maneira o cargo, evitando o desgaste de uma eleição aberta.

O deputado estadual Frederico Antunes (PP) considera o movimento importante e, inclusive, discutiu o assunto nesta sexta-feira com o presidente estadual do PSDB, deputado estadual Mateus Wesp. O PP segue como o partido com maior número de prefeitos eleitos no RS e, assim, deverá indicar o presidente para 2021, pelo sistema adotado.

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