DENGUE - Aumento de casos preocupa em Erechim
Na noite de
quinta-feira (21) a equipe da Secretaria da Saúde e da Vigilância
Epidemiológica e Vigilância Ambiental do município esteve reunida de forma
extraordinária para definir ações de prevenção e combate à dengue no município.
Esse encontro realizado de forma emergente é justificado pelo número de casos
autóctones (o mosquito está no território de Erechim) de dengue em Erechim.
Foram confirmados até o momento nove casos positivos de dengue atestados pelo
laboratório estadual Lacen e outro confirmado por laboratório privado, um caso
foi descartado e 17 estão em investigação.
Sintomas
Diante desse
cenário a população deve estar alerta aos seguintes sintomas: febre de início
súbito maior que 38,5 ºC e intensa dor no corpo, acompanhada ou não de dor de
cabeça, manchas na pele, fadiga e dor atrás dos olhos com duração média de sete
dias. Ainda, não existe um tratamento específico para a dengue, sendo que o
tratamento é sintomático e baseia-se principalmente em hidratação adequada,
sendo que a doença pode evoluir para uma fase grave. A Secretaria da Saúde
orienta também a população que se alguém apresentar ou souber de alguém que
esteja com os sintomas da dengue, que não faça automedicação e procure a
unidade de saúde mais próxima e relate o caso.
Investigação laboratorial
A coordenadora
do setor de Vigilância Epidemiológica, enfermeira Ana Paula Zaions, informa que
todos os casos suspeitos são imediatamente notificados/investigados. “O
paciente após receber avaliação prévia nas UBS’s ou hospitais é encaminhado
para consulta médica com o infectologista, quando necessário. Na sequência
ocorre a investigação laboratorial através de coleta de sorologia (Lacen) bem
como o acompanhamento do paciente e a busca ativa de casos suspeitos na área de
residência e/ou local de trabalho do mesmo”, explica.
Vistorias
Já o
coordenador da Vigilância Ambiental, médico veterinário, Éverton Pujol Guterres
salienta que onde existem casos em investigação e/ou confirmados, os agentes de
endemias são deslocados para o local, onde são realizadas vistorias nas
residências em um perímetro de 300 metros em torno do domicílio do suspeito
e/ou positivo. “Nas referidas vistorias é realizada a coleta de larvas para a
identificação em laboratório. Posterior a coleta, as larvas encontradas no
local são eliminadas de imediato pelos agentes. Em domicílios onde a situação é
mais extrema é formalizada uma orientação por escrito, e em futuras
reincidências, é lavrado Auto de Infração para o responsável pela residência”,
declara.
Bloqueio de transmissão
Posteriormente
a esta ação, também está sendo realizado nos referidos pontos, e nas residências
em anexo, a aplicação pelos agentes de endemias do Setor de Vetores e Pragas
Urbanas da Vigilância Ambiental, de inseticida visando a eliminação do vetor
alado, procedimento denominado bloqueio de transmissão.
Cuidados
Os
profissionais que estão no enfrentamento da dengue no município ressaltam que a
melhor forma de evitar a doença é eliminando as condições no meio ambiente que
favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti. Para isso, é
importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas
de refrigerante, pneus velhos, vasos de plantas, jarros de flores, garrafas,
caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre
outros.
Ainda, a pasta
da Saúde orienta as pessoas para o uso de repelente das 10h às 16h, pois o
mosquito da dengue costuma picar nesse horário.
Fotos e Texto: ASCOM