Cinco senadores disputam a Presidência do Senado nesta segunda-feira
Cinco senadores disputam a Presidência
do Senado para os próximos dois anos, com eleição prevista para esta
segunda-feira (1º). A Agência Senado informou que foram anunciadas as
candidaturas Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS), Major
Olimpio (PSL-SP), Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Simone Tebet (MDB-MS). Novas
candidaturas podem ser apresentadas até o dia da eleição.
Jorge
Kajuru
Ao mesmo tempo que anunciou
que está na disputa pela presidência, Kajuru adiantou que vai apoiar a
candidatura de Simone Tebet.
De acordo com o senador, seu
nome foi lançado como forma de “marcar posição” em pronunciamento que fará no
dia da eleição como protesto à atual Presidência do Senado.
“Quando terminar eu direi o
seguinte: não sou candidato, vocês aí podem ter melhores qualidades do que eu,
mas vocês não têm uma qualidade que eu tenho: chama-se coragem”, afirmou.
Lasier
Martins
Último a entrar na disputa,
Lasier é advogado e jornalista. Foi eleito senador em 2014 e atualmente é o 2º
vice-presidente do Senado, eleito em 2019.
“Coloco meu nome em fidelidade
aos princípios do partido, o Podemos, contra as velhas práticas do toma lá, dá
cá, que é o que está acontecendo com o candidato oficial, através da
discriminação na oferta de emendas extras, o que equivale a dizer compra de votos.
Além de imoral, tira a independência do Senado, que o subordina ao presidente
da República”, disse o senador, acrescentando que defende a prisão em segunda
instância, que não seria defendida pelo candidato apoiado pelo governo, Rodrigo
Pacheco.
Major
Olimpio
O senador Major Olimpio
justifica sua candidatura por entender que o presidente da República, Jair
Bolsonaro, tem se aproximado do PT, que apoia a candidatura de Rodrigo Pacheco.
O parlamentar espera contar com o apoio do grupo que compõem o Muda Senado, mas
reconhece que tem poucas chances.
“Vou disputar a eleição para
presidente do Senado com a mesma sensação do time que entra em campo sabendo
que o adversário tem vantagens (cargos e emendas) e tem o juiz como seu
parceiro”, declarou em nota.
Rodrigo
Pacheco
O senador Rodrigo Pacheco
lançou sua candidatura por meio de um manifesto em que se compromete, entre
outras coisas, a garantir as liberdades, a democracia, as estabilidades social,
política e econômica do Brasil, bem como a segurança jurídica, a ética e a
moralidade pública, com respeito às leis e à Constituição. O senador ainda
defende a pacificação da sociedade e a independência do Senado. Outro
compromisso assumido foi o atendimento à crise sanitária do país em decorrência
da Covid-19, tanto do ponto de vista da saúde pública como da economia, gerando
emprego e renda.
O senador tem 44 anos, é
advogado e foi o mais jovem conselheiro federal da Ordem dos Advogados do
Brasil, entre 2013 e 2015. Cumpriu um mandato como deputado federal por Minas
Gerais (2015-2019) e foi presidente da Comissão e Constituição e Justiça da
Câmara. No Senado, também atuou como vice-presidente da CTFC (Comissão de
Transparência e Governança). Pacheco recebeu o apoio formal de nove partidos:
DEM, PT, PP, PL, PSD, PSC, PDT, Pros e Republicanos.
Simone
Tebet
A senadora Simone Tebet é
advogada e filha do ex-presidente do Senado Ramez Tebet (1936-2006). Ela
iniciou a carreira política em 2002, como deputada estadual, após trabalhar 12
anos como professora universitária. Em 2004, foi a primeira mulher eleita para
o executivo municipal e em 2008 foi reeleita para a prefeitura de Três Lagoas
(MS). Também foi a primeira mulher a assumir o cargo de vice-governadora de
Mato Grosso do Sul, na gestão do então governador André Puccinelli, em 2011.
Foi ainda Secretária de Governo entre abril de 2013 e janeiro de 2014.
Anunciada como candidata primeiramente pela bancada do MDB, ela anunciou na
quinta-feira (28) que disputa o cargo de forma independente.
“Nos momentos mais difíceis da
nossa história, o Senado Federal e o Congresso Nacional acharam a saída dentro
das instituições, dentro da democracia e do estado democrático de direito e
agora não vai ser diferente”, afirmou a senadora.
TAGS:
SENADO