Paralisação de caminhoneiros tem baixa adesão no Rio Grande do Sul
Motoristas estiveram parados na BR 285, em Ijuí, no trevo do 44, e em Rio Grande, na BR 392, mas de forma pacífica
A greve dos caminhoneiros no
Brasil, convocada pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas
(CNTRC), teve baixa adesão da categoria nesta segunda no Rio Grande do Sul.
Segundo o comando do movimento no estado, caminhoneiros autônomos estiveram
parados na BR 285, em Ijuí, no trevo do 44, e em Rio Grande, na BR 392, mas de
forma pacífica, em postos de combustíveis, sem qualquer bloqueio de estradas.
Região metropolitana, região dos Vales e Serra Gaúcha não tiveram pontos de
paralisação. A realização da greve divide a categoria no Rio Grande do Sul. A
classe concorda nos motivos da mobilização, que inclui o aumento no preço dos
combustíveis e uma série de reivindicações não atendidas após a paralisação de
2018. Mas há divergências sobre o momento para um ato desta proporção.
A Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), uma das entidades que apoia a
paralisação, que tem como porta-voz da CNTTL, o caminhoneiro autônomo Carlos
Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de
Carga (Sinditac) de Ijuí, diz que o destino do movimento é incerto. "Eu
sei que a única coisa que posso afirmar, é que o Internacional será campeão. O
resto não saberei te dizer", afirma. Além disso, ele acredita que muitos
dos colegas de profissão resolveram permanecer em casa e que os caminhões que
circularam nesta segunda-feira eram de transportadoras e que as polícias
rodoviárias poderiam confirmar isso. "Tem muito caminhão em casa. Dá para
ver a queda do movimento de caminhões nas estradas. O autônomo deixou o
caminhão em casa. O que está rodando é transportadora. Aí reduz", afirma.
Dahmer afirma que a
continuidade do movimento será debatida com o comando nacional da greve, que
tem também a participação do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de
Cargas (CNTRC). Apesar das reinvindicações do movimento, como um reajuste maior
na Tabela do Piso Mínimo de Frete e a redução no preço do litro do óleo diesel,
a Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomos de Bens e
Cargas (Conftac) se posicionou contrária a uma greve neste momento, assim como
a Federação dos Caminhoneiros do Rio Grande do Sul (Fecam/RS).
Correio
do Povo
01/02/2021
| 10:59
Gabriel
Guedes