Brasil negocia compra de 10 milhões de vacinas Sputnik V
Compra está condicionada ao
custo do imunizante
O Brasil negocia a compra de
10 milhões de doses de vacina contra a covid-19 Sputnik V, desenvolvida na
Rússia pelo Instituto Gamaleya, informou hoje (5) o Ministério da Saúde (MS). A
manifestação do interesse do país no imunizante foi feita durante reunião com
representantes do laboratório União Química, farmacêutica responsável no Brasil
pela vacina russa.
De acordo com o ministério, a
decisão de avançar as negociações ocorreu após a Anvisa autorizar o novo
protocolo com a simplificação do processo de concessão de uso emergencial e
temporário de vacinas, dispensando a realização, no Brasil, de estudos clínicos
da fase 3.
O secretário-executivo do
Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse que a compra da vacina também está
condicionada ao custo do imunizante, que, segundo ele, “deve ser competitivo”.
“Iremos contratar e comprar as
10 milhões de doses se o preço for plausível, e efetuaremos o pagamento após a
Anvisa dar a autorização para uso emergencial da Sputnik V, fazendo a
disponibilização imediatamente aos brasileiros", disse Franco.
A quantidade de doses se
baseou em documento apresentado à pasta pelo Fundo Soberano Russo/Instituto
Gamaleya, da Rússia, onde o imunizante é fabricado. No Brasil, a vacina será
produzida no Distrito Federal sob responsabilidade da farmacêutica União
Química.
Segundo o ministério, pelo
cronograma, o país receberia 400 mil doses uma semana após a assinatura do
contrato de compra. Outros dois milhões estariam no Brasil um mês depois e mais
7,6 milhões ao longo do segundo e terceiro meses.
O secretário-executivo disse
ainda que o ministério estuda a aquisição da vacina produzida pela União
Química no Brasil. A expectativa é que o laboratório consiga produzir, a partir
de abril, 8 milhões de doses.
"Futuramente, a depender
dos entendimentos que tivermos com a União Química, interessa-nos também
adquirir a produção que a empresa vier a fazer no Brasil dessa vacina”, disse
Franco.
Edição:
Fernando Fraga
Publicado
em 05/02/2021 - 13:18 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil -
Brasília