Com fim do auxílio emergencial, vendas do comércio caem e saques da poupança batem recorde
Suspensão do benefício deve puxar queda no varejo e na atividade econômica do Brasil de janeiro a março, dizem analistas
RIO E BRASÍLIA — A suspensão
do auxílio emergencial já demonstra efeito nas vendas de supermercados e lojas
de material de construção em janeiro. O fim do benefício puxou ainda saque
recorde de recursos da caderneta de poupança. Entre abril e dezembro, o
pagamento feito para garantir renda a desempregados e trabalhadores informais
em meio à pandemia colocou R$ 290 bilhões na economia.
Com o pagamento interrompido,
tanto o varejo quanto a atividade econômica do país devem recuar no primeiro
trimestre, estimam analistas.
Os supermercados vêm tentando
compensar a queda na renda da população negociando descontos diretamente com
fornecedores e a indústria.
O cancelamento do carnaval
deve agravar ainda mais o cenário observado em janeiro.
Letycia
Cardoso, Carolina Nalin e Gabriel Shinohara
05/02/2021
- 07:41 / Atualizado em 05/02/2021 - 13:52
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Economia