Estados questionam critérios e cobram do Ministério da Saúde mais doses de vacinas contra a Covid-19

Pará, Santa Catarina e Espírito Santo estão entre as unidades da federação que pedem transparência do governo na distribuição das doses. No Senado, Pazuello disse que critério para entrega é quantidade de pessoas que formam os grupos prioritários em cada estado.

O total de doses e os critérios usados pelo Ministério da Saúde para distribuir as vacinas contra a Covid-19 são alvos de críticas de estados. Enquanto a vacinação avança em ritmo considerado lento pelos especialistas, unidades da federação questionam a diferença na quantidade de doses já enviadas e pedem mais lotes dos imunizantes.

Representantes de ao menos quatro estados - Pará, Santa Catarina, Tocantins e Espírito Santo - estão entre as unidades da federação que fazem críticas ao governo. Além deles, há estados que buscam caminhos para comprar suas próprias doses, como é o caso da Bahia com a vacina Sputnik V.

Procurado pelo G1, o Ministério da Saúde afirmou inicialmente que "as doses são enviadas às UF, conforme disponibilidade, para grupos previamente definidos e estimados, acordados em decisão tripartite – governos federal, estaduais e municipais” (veja íntegra da nota ao fim da reportagem).

Pazuello diz que não houve relato de falta de oxigênio no início de janeiro em Manaus

Em uma segunda nota, o ministério ainda informou que as distribuições das doses seguem os seguintes critérios técnicos: "riscos de agravamento e óbito pela Covid-19, visando a redução da morbimortalidade causada pelo coronavírus, bem como a manutenção do funcionamento da força de trabalho dos serviços de saúde e a manutenção do funcionamento dos serviços essenciais."

Pazuello no Senado

Em audiência no Senado, o ministro Eduardo Pazuello foi cobrado por senadores do Pará sobre o fato de o estado ser o último no total de doses distribuídas, apesar da circulação de uma das novas variantes do Sars-Cov-2 e da proximidade do Amazonas. Em resposta, o ministro disse que critério para entrega é a quantidade de pessoas que formam os grupos prioritários em cada estado e não a população total.

Pelo país

Conforme dados do levantamento do consórcio de veículos de imprensa atualizados nesta quinta-feira, o Pará era o estado do país com a terceira pior proporção de vacinas recebidas em relação à população (uma dose para cada 27,5 habitantes). Na ponta oposta estão Roraima (6,5), Amazonas (7,5) e Mato Grosso do Sul (12,6).

Não foi possível realizar a conta da proporção de vacinas em relação ao público-alvo da campanha em cada estado, já que o Ministério da Saúde não informou a quantidade de pessoas que devem ser vacinadas em cada unidade da federação com as vacinas já enviadas.

Por G1

12/02/2021 05h02 Atualizado há 4 horas

 

 

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