Prefeitura esclarece sobre a situação da Covid-19 em coletiva de imprensa
Na tarde de sexta-feira (19) o
prefeito de Erechim, Paulo Polis, a secretária de Saúde, Eclesan Palhão, o
diretor da Fundação Hospitalar Santa Terezinha (FHSTE), Rafael Ayub, o
coordenador do Comitê Regional de Atenção ao Coronavírus da Associação de
Municípios do Alto Uruguai (Amau), Jackson Arpini, o superintendente geral do
Hospital de Caridade (HC), Claudiomiro Carus e o coordenador Regional da Saúde
da 11ª CRS, Fábio Fantin participaram de coletiva de imprensa no Plenário da
Câmara de Vereadores. Em pauta, a situação da Covid-19 em Erechim.
A atividade foi transmitida ao
vivo pelo canal do youtube da TV Câmara, bem como pelo facebook da Prefeitura
de Erechim. Os veículos de comunicação puderam enviar um representante para
participação no local, sendo que os demais integrantes das redações da imprensa,
acompanharam de forma virtual para garantir que todas as medidas, como o
distanciamento, uso de máscara e disponibilidade de álcool em gel fossem
cumpridas.
Conforme o prefeito Paulo
Polis o município está em uma situação delicada, já que cidades vizinhas como
Chapecó, Passo Fundo e Nonai entraram em colapso em seus sistemas de saúde.
“Nós temos que enfrentar essa pandemia unidos e com a ajuda de toda a
comunidade para que se possa sair dessa situação com o mínimo de dano
possível”, disse o prefeito, lembrando que em Erechim 75 pessoas já vieram a
óbito em decorrência da doença desde o início da pandemia.
Para o chefe do executivo é de
extrema importância falar com a sociedade e isso só se dá através dos veículos
de comunicação. “A imprensa desempenha um papel imprescindível na prevenção e
combate à Covid levando a informação correta, orientando as pessoas sobre os
cuidados com a doença. Sem dúvida precisamos e muito da parceria de todos os
veículos de comunicação para reforçar a consciência de que devemos continuar
nos cuidando e cuidando dos nossos através do distanciamento, do uso de
máscara, da higienização das mãos e do uso do álcool em gel”, afirmou Paulo
Polis.
Segundo as chefias dos dois
hospitais presentes, hoje o que preocupa não é a estrutura, mas sim as equipes
desgastadas e extremamente sobrecarregadas, bem como a falta de médicos
intensivistas para atendimento nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Vale
destacar que essa prerrogativa não é exclusividade de Erechim, mas de todo um país,
que vê em suas equipes médicas da ala de frente de combate à Covid-19 uma
estafa realmente preocupante. Ainda, o que alarma mais a situação é o rápido
agravamento dos casos que são internados nas unidades clínicas de Covid, que
logo já precisam ser transferidos para as UTI’s com intubação.
Sobre a vacinação, os
profissionais da saúde esclareceram novamente que a vacina é sinal de
esperança, mas não de cura. O processo de vacinação iniciado em 19 de janeiro
deste ano deu uma falsa sensação de proteção no município. Para se ter uma
ideia do quadro, Erechim tem mais de 100 mil habitantes, destes, cerca de 16
mil pessoas no grupo prioritário. Em relação ao quantitativo, Erechim recebeu
somente 4.324 doses para a primeira aplicação, onde foram vacinadas 4.204
pessoas. De segunda dose o município recebeu 1.274 vacinas, onde 300 pessoas
foram imunizadas. Hoje Erechim segue vacinando os idosos acima de 85 anos e
aguarda uma nova remessa para dar continuidade a vacinação de acordo com o
Plano Nacional de Imunização.
Foto
e Texto: Ascom