Dólar opera em forte alta, acima de R$ 5,50
Na sexta-feira (19), moeda norte-americana fechou em queda de 0,99%, a R$ 5,3874.
O dólar é negociado em forte
alta nesta segunda-feira (22), em dia de turbulência nos mercados após o
presidente Jair Bolsonaro ter anunciado na noite de sexta-feira (19) a
indicação de um novo presidente-executivo para a Petrobras, elevando os temores
de interferência.
Às 9h16, a moeda
norte-americana subia 2,33%, a R$ 5,5127. Na máxima até o momento chegou a R$
5,5327. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou
em queda de 0,99%, a R$ 5,3874, acumulando avanço de 0,25% na semana. Na
parcial do mês, ainda acumula queda de 1,52%. No ano, tem valorização de 3,86%
ante o real.
Cenário
Por aqui, as atenções dos
investidores se voltam para a mudança no comando da Petrobras e temores de
intervenção do governo federal na política de preços de combustíveis.
Na noite de sexta-feira,
Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna, atual diretor
da Itaipu Binacional, para a presidência da Petrobras, no lugar de Roberto
Castello Branco, gerando muitas críticas. Para que a troca na presidência da
Petrobras seja concretizada, a indicação ainda precisa do aval do Conselho de
Administração da Petrobras, que tem reunião prevista para esta terça-feira
(23).
Analistas citam sensação de
'déjà vu' e cortam recomendação para ações da estatal
No sábado, Bolsonaro disse que
precisa "trocar as peças que porventura não estejam funcionando". E
que, "na semana que vem, teremos mais", sem dar mais detalhes.
Bolsonaro também disse no sábado que vai "meter o dedo na energia
elétrica", e que, "se a imprensa está preocupada com a troca de
ontem, na semana que vem teremos mais", destaca a Reuters.
Pesquisa Focus do Banco
Central divulgada nesta segunda mostrou que os analistas do mercado elevaram a
estimativa de inflação em 2021 para 3,82%, acima da meta central, que é de
3,75%. A expectativa para a taxa Selic no fim de 2020 subiu de 3,75% para 4% ao
ano. Já a projeção para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) de 2021 foi
reduzida de 3,43% para 3,29%.
Na cena doméstica, os
investidores continuam de olho também nas discussões em torno de mais gastos
com auxílio emergencial para a população vulnerável, em meio às preocupações
com a saúde das contas públicas e rompimento do teto de gastos - considerado a
âncora fiscal do país neste momento.
Por
G1
22/02/2021
09h07 Atualizado há 9 minutos