Bolsonaro anuncia Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde
Médico cardiologista
substituirá o general Eduardo Pazuello
O presidente Jair Bolsonaro
anunciou na noite desta segunda-feira (15), nas redes sociais, ter acertado a
nomeação do médico Marcelo Queiroga como ministro da Saúde. Os dois se reuniram
ao longo da tarde no Palácio do Planalto para discutir a troca no comando da
pasta. O anúncio também foi feito pelo presidente durante conversa com
apoiadores na porta do Palácio do Alvorada.
"Foi decidido agora a
tarde a indicação do médico Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde. Ele é
presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A conversa foi excelente, já
o conhecia há alguns anos então não é uma pessoa que tomei conhecimento há
poucos dias, e tem, no meu entender, tudo para fazer um bom trabalho dando
prosseguimento em tudo que Pazuello fez até hoje", afirmou Bolsonaro na
conversa transmitida pelo site Foco do Brasil, mantido por apoiadores do
presidente.
Mais cedo, o ministro Eduardo
Pazuello, deu uma coletiva de imprensa para atualizar informações sobre o
combate à pandemia de covid-19 e confirmou que o presidente mantinha tratativas
para a sua substituição na pasta.
A nomeação de Queiroga será
publicada na edição de amanhã (16) do Diário Oficial da União e o processo de
transição no ministério deve durar entre uma e duas semanas, disse o
presidente.
Nas redes sociais, o ministro
das Comunicações, Fábio Faria, também comentou a indicação de Queiroga,
classificando o Ministério da Saúde como “uma das pastas mais desafiadoras e
relevantes” do governo.
Perfil
Marcelo Queiroga é natural de João Pessoal e se formou em medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ele fez especialização em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Sua área de atuação é em hemodinâmica e cardiologia intervencionista e atualmente Queiroga é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Com a indicação, Queiroga será
o quarto ministro da Saúde desde o começo da pandemia de Covid, há exatamente
um ano. Passaram pela pasta, neste período, os médicos Luiz Henrique Mandetta e
Nelson Teich, seguido depois pelo general Eduardo Pazuello, do Exército.
O principal desafio do novo
ministro será acelerar o processo de vacinação em massa da população. Até
agora, o país vacinou cerca de 4,59% da população com a primeira dose de
imunizantes, percentual que corresponde a 9,7 milhões de pessoas. O Brasil
acumula, até o momento, mais de 279 mil mortes por covid-19.
Publicado
em 15/03/2021 - 20:57 Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil -
Brasília
Edição:
Fábio Massalli
Foto:
Geraldo Magela/Agência Senado