Castelinho completa 30 anos de tombamento como Patrimônio Histórico Estadual

Nesta quinta-feira (18), conforme o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), o Castelinho está completando 30 anos de tombamento como Patrimônio Histórico do Estado do Rio Grande do Sul.

Importância Histórica

Conforme os arquivos do IPHAE e do Livro Tombo, o prédio é a antiga Sede da Comissão de Terras do Estado e a mais antiga construção em madeira de Erechim. Localizado na área central da cidade, constitui um importante testemunho da política imigratória implementada no Governo Borges de Medeiros no início do século XX. Em 1998 foi doado pelo Estado ao Município de Erechim, através da Lei Estadual Nº 11.229/1998.

Conforme a arquiteta chefe do Serviço de Patrimônio Histórico e Cultural, Ariane Pedrotti de Ávila Dias, o prédio tem um simbolismo para toda comunidade e é um exemplar de uma arquitetura quase cem por cento em madeira. “O Castelinho é o único exemplar tombado pelo Estado em madeira e com uma arquitetura cheia de detalhes e rebuscada. Além disso, tem uma importância sobre a ocupação das terras e formação da nossa cidade”, destaca.

A reabertura do espaço

No início deste mês, a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, através do Serviço de Patrimônio Histórico e Cultural, apresentou à comunidade em uma LIVE, o plano de ação estratégico para reabertura do Castelinho. O projeto de ocupação e restauração prevê que o prédio de cinco pavimentos ganhe espaços de exposições e de oficinas que serão definidos por editais e um café através de uma concessão. Também fazem parte do projeto, áreas administrativas e circulação, além de um espaço de convivência e cultura, que vai possibilitar até mesmo apresentações na área externa, atrás do prédio, em um jardim adaptado com acessibilidade, com decks e locais de lazer para a comunidade. O próximo passo para reabertura é a retomada do grupo de trabalho interdisciplinar, uma demanda do IPHAE para dar os pareceres do que é realizado, aprovar e deliberar a respeito de decisões que envolvam o projeto. Além disso, o projeto vai para orçamentação, aprovação do IPHAE e depois captação de recursos, licitação e execução. A pasta da Cultura estima um prazo de dois anos para esse andamento.

O secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Neidmar Alves, explica que nesse momento inicia a fase de busca de recursos. “As fases anteriores já foram cumpridas e começamos a fase de busca de recursos, principalmente através do Sistema pró-cultura de Financiamento Estadual, onde vamos buscar a destinação do ICMS para a execução da restauração”, destaca. 

Foto: Arquivo ASCOM

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