RECÉM-EMPOSSADO COMO MINISTRO DA JUSTIÇA, ANDERSON TORRES TROCA DIRETOR-GERAL DA POLÍCIA FEDERAL
Paulo Maiurino substituirá
Rolando de Souza, que estava no cargo desde maio do ano passado. Troca no
comando da PF em 2020 gerou crise no governo que resultou na saída de Sérgio
Moro.
O novo ministro da Justiça,
Anderson Torres, anunciou nesta terça-feira (6) em rede social Paulo Maiurino como
novo diretor-geral da Polícia Federal.
Ele substituirá Rolando de
Souza, que estava no cargo desde maio do ano passado, e será o terceiro
diretor-geral da PF desde o início do governo Jair Bolsonaro. O novo chefe da
corporação será subordinado a Anderson Torres, novo ministro da Justiça
escolhido por Bolsonaro.
"Agradeço ao Dr. Rolando
Souza pelo período em que esteve à frente da Direção-Geral da @policiafederal.
Iniciamos hoje o processo de transição do cargo para o Dr. Paulo Maiurino, a
quem desejo felicidades nessa importante função no @JusticaGovBR",
publicou o ministro.
Em seguida, também em rede
social, Torres anunciou Silvinei Vasques como novo diretor-geral da Polícia
Rodoviária Federal (PRF).
A troca no comando da Polícia
Federal no ano passado gerou uma crise no governo, que resultou na demissão do
então ministro da Justiça, Sérgio Moro, em abril.
Na ocasião, Moro deixou o
cargo argumentando que Bolsonaro havia tentado interferir na PF ao demitir o
então diretor-geral da corporação, Mauricio Valeixo, escolhido pelo ministro.
Bolsonaro nega a acusação.
Após demitir Valeixo,
Bolsonaro nomeou Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) que atuou como segurança do presidente e é amigo da família
Bolsonaro.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, barrou a nomeação de Ramagem para o cargo. Na ocasião, Moraes atendeu a um pedido do PDT e entendeu que houve desvio de finalidade na nomeação.
Bolsonaro, à época, disse que
a decisão de Moraes havia sido "política" e nomeou Rolando de Souza
como novo diretor-geral da PF.
As acusações de Moro
resultaram na abertura de um inquérito no STF, autorizado pelo então ministro
Celso de Mello, que atendeu a um pedido do procurador-geral da República,
Augusto Aras.
Por
G1 — Brasília
06/04/2021
18h30 Atualizado há 26 segundos