URI - AGRONOMIA DA URI REALIZA AULA INAUGURAL INTEGRADA
Aula Inaugural mobilizou alunos dos diversos campus da Universidade
Os Cursos de Agronomia da URI
promoveram na quarta-feira, 7, a Aula Inaugural Integrada com a participação de
mais de 340 acadêmicos, professores e convidados dos Câmpus de Erechim,
Santiago, Santo Ângelo e Frederico Westphalen. O evento, promovido de forma
remota, contou com a participação da Engenheira Agrônoma Ieda de Carvalho
Mendes, da EMBRAPA Cerrados, de Brasília.
A aula inaugural é sempre um
momento mágico. Afinal, os alunos ficam aflitos para darem mais um passo em sua
formação pessoal e intelectual. Todos vêm cheios de sonhos e sede de saber. É
um momento único de recepção, acolhimento e apresentação do modelo de ensino
e/ou de um tema importante da formação dos alunos. Por isso, a iniciativa teve
o objetivo de oportunizar aos alunos dos cursos de Agronomia da URI participar
de uma importante discussão sobre Saúde do Solo, Sustentabilidade Agrícola e
Tecnologia BioAS.
Conforme Ieda Mendes, a BioAS é uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa que agrega o componente biológico às análises de rotina de solos. Ela consiste na análise das enzimas arilsulfatase e beta-glicosidase, associadas aos ciclos do enxofre e do carbono, respectivamente. Por estarem relacionadas, direta ou indiretamente, ao potencial produtivo e à sustentabilidade do uso do solo, essas enzimas funcionam como bioindicadores e ajudam a avaliar a saúde dos solos.
A pesquisadora frisou que
“solos saudáveis são solos biologicamente ativos, produtivos e resilientes.
Além de promoverem a saúde das plantas, pessoas e animais, preservam a
qualidade ambiental, proporcionando, entre outros benefícios, o sequestro de
carbono, o armazenamento e a infiltração de água, a biorremediação de
pesticidas e a mitigação da emissão de gases de efeito estufa”.
A BioAS pode ser comparada a
um exame de sangue do solo, pois permite a detecção de problemas assintomáticos
de saúde deste, antes que eles impactem no rendimento das lavouras. Ieda e sua
equipe de pesquisadores da EMBRAPA elaboraram tabelas de interpretação dos
bioindicadores para o Cerrado Brasileiro, estabelecendo valores de referência
para avaliar o estado do funcionamento biológico do solo. Observou que valores
elevados desses bioindicadores indicam sistemas de produção e/ou práticas de manejo
adequadas e sustentáveis. Por outro lado, valores baixos servem de alerta ao
agricultor e é o engenheiro agrônomo que deve reavaliar o sistema de produção e
passar a adotar boas práticas de manejo.
O principal objetivo das
tabelas de intepretação dos bioindicadores, apontou a palestrante, é auxiliar
nas tomadas de decisões relacionadas aos sistemas de manejo adotados nas
propriedades rurais. Para disponibilizar a tecnologia aos produtores
brasileiros, a Embrapa está capacitando laboratórios comerciais de análises de
solo.
Por fim, a pesquisadora
ressaltou que esse método possibilitará um maior empoderamento do Engenheiro
Agrônomo como consultor, que antes considerava somente a fertilidade química,
hoje tem na bioanálise uma ferramenta para analisar a saúde biológica do solo
e, assim, fazer recomendações mais seguras que levam a uma maior produtividade
das culturas agrícolas com sustentabilidade ambiental.
Texto
e foto
Comunicação
da URI