BANDEIRA PRETA - INDICADORES CAEM, MAS RS SEGUE TODO EM BANDEIRA PRETA
Estado terá a oitava semana
com risco altíssimo de contaminação com o coronavírus, segundo Distanciamento
Controlado
Apesar da maioria dos
indicadores relacionados à pandemia apresentarem melhorias na última semana, o
governo do Estado manteve, nesta sexta-feira, todo o Rio Grande do Sul em
bandeira preta na 50ª rodada do Distanciamento Controlado. O mapa que aponta nível
de risco mais grave do modelo de enfrentamento ao coronavírus – pela oitava
semana consecutiva – é definitivo, com validade até 26 de abril. Contudo, o
sistema de cogestão permite que as regiões adotem protocolos mais flexíveis
referentes à bandeira vermelha.
De acordo com o entendimento
do Gabinete de Crise, que utiliza 11 indicadores para o cálculo das bandeiras,
a rede hospitalar gaúcha ainda vive uma situação de esgotamento. Como há risco
de as equipes de saúde estarem sobrecarregadas e de haver atraso no
preenchimento dos dados, o governo determinou que quando a razão de leitos
livres de UTI sobre leitos ocupados por Covid-19 em UTI estiver menor ou igual
a 0,35 a nível estadual, a salvaguarda será acionada, e se sobrepõe à média
ponderada dos indicadores regionais.
No cálculo desta 50ª rodada,
por exemplo, o RS estava com 333 leitos de UTI livres e 2.096 pacientes
confirmados Covid-19 em UTI, alcançando um índice de 0,16 – ainda abaixo da
régua da salvaguarda. Ainda assim, o número está melhor do que na rodada
anterior, quando foi de 0,06.
O Rio Grande do Sul
contabiliza, até esta sexta-feira, 22.977 mortes por Covid-19 e 915.558 casos
confirmados de coronavírus. Até o momento 15 municípios seguem sem registros de
mortes em decorrência do vírus.
Ritmo
de queda nas internações perde velocidade
A análise do Gabinete de Crise
apontou ainda uma nova redução nos números de pacientes confirmados com
Covid-19 em leitos clínicos (-11%) e em UTI (-10%), comparativamente à semana
anterior. O número de registros de óbito também reduziu, caindo 14% no período.
Contudo, o mês de abril já contabiliza, em sua primeira quinzena, um saldo
maior de óbitos do que o fevereiro deste ano.
No entanto, o Boletim de
Hospitalizações RS, atualizado diariamente pelo Comitê de Dados, nesta
sexta-feira, mostra que há uma desaceleração na queda de internações no Estado
em leitos clínicos. A variação de pacientes confirmados com Covid na semana
retrasada foi de -21,4%, na semana anterior de -,18,3% e, nesta semana, de
-10,8%. Enquanto que no dia 5 de fevereiro havia 1.329 pacientes suspeitos ou
confirmados com Covid-19 em leitos clínicos, nesta sexta, são 3.106 internados,
ou seja, 2,3 vezes a mais que no início do ciclo.
Ainda conforme o Comitê, o
total de pacientes confirmados e suspeitos em UTI chegou ao pico de internados
no dia 21 (2.771), mantendo-se com relativa estabilidade até o dia 27 de março,
quando iniciou-se um processo de redução. Nesta sexta, a taxa de ocupação de
leitos UTI em geral estava em 88,5%, sendo 2.168 pacientes confirmados ou
suspeitos para Covid-19 e 824 pacientes não Covid.
Somando o total de pacientes
confirmados e suspeitos em leitos clínicos e UTI, o RS ainda está com quase
duas vezes mais internados do que nos picos anteriores. “Nos últimos dias, houve
uma desaceleração do ritmo de queda no número de internados em leitos clínicos.
Mantém-se alerta, pois qualquer reversão do processo de queda passará antes por
uma desaceleração, e, dada a continuidade da alta pressão sobre o sistema
hospitalar, ainda não há espaço para nova elevação a partir do patamar atual”,
aponta balanço do Comitê de Dados.
16/04/2021
| 17:43
Correio
do Povo