ERECHIM - O QUANTO ESSA IMAGEM TE FAZ PENSAR?
Os moradores de Erechim e quem
trafega pelas avenidas da cidade, estão se deparando com a presença crescente
de jovens, adultos e imigrantes nos semáforos. Isso tem intrigado parte da
comunidade que busca a Secretaria de Assistência Social e espera por uma
resposta.
Conforme explica a diretora
técnica social, Cristiane Rodrigues, com o crescimento da cidade, muitas
mudanças estruturais e sociais vêm se desenhando. “Os moradores de rua sempre
existiram, e sofrem preconceito por serem entendidos como àqueles que estão à
margem da sociedade, o que não deve ser reforçado”, explica.
A situação de rua envolve
muitos fatores, dentre eles o comprometimento da saúde mental, psíquica,
fragilização, rompimentos de vínculos e as violências intrafamiliares, bem como,
o álcool e a drogadição. Esses são apenas alguns fatores, muitos podem ser
ilustrados, mas para isso, é preciso ouvir, acolher e respeitar toda e qualquer
pessoa, independentemente de sua condição estrutural.
A Secretaria de Assistência
Social, esclarece ainda que os moradores de rua são atendidos pela Política de
Assistência Social e demais Políticas Públicas. Os assistentes sociais têm
realizado intervenções buscando efetivar e garantir melhores condições de vida
e o acesso aos serviços de garantia e efetivação de direitos. O cuidado
humanizado, tem como suporte as três unidades de Centro de Referência em
Assistência Social (CRAS), o Centro de Referência Especializado em Assistência
Social (CREAS) e o Abrigo Cidadão.
Os malabares e atores teatrais/circences
que se apresentam nas ruas, adotaram esse estilo de vida e não apresentam más
condições, comercializam arte e com o que arrecadam com doações espontâneas
custeiam suas despesas, podendo pernoitar em pensões, hotéis, alimentam-se em
restaurantes, pagam pelo banho. Quando há necessidade e aceitação, eles podem
usufruir dos serviços ofertados no Abrigo Cidadão.
Já os imigrantes também são
acolhidos pela rede de Proteção Social Básica e de Média Complexidade. Desta
forma, são orientados pelos assistentes sociais e convidados a acessar os
serviços ofertados pela Política de Assistência Social, e quando não fazem é
por escolha própria.
O Brasil tem na Constituição
Federal, direitos e deveres que regem a todos que estão dentro das fronteiras,
logo, devem compreender e respeitar regras já existentes.
A secretária de Assistência
Social, Clarice Moraes, diz que devemos compreender que nossa cidade é tida
como potência em arrecadação e tem se tornado atrativa o bastante para este
público. “Todo indivíduo é livre para fazer suas escolhas, respeitar é extremamente
necessário e buscar meios menos danosos de convivência é dever de todos nós.
Fica o pedido para uma sincera e empática reflexão”, finaliza.
Texto
e foto: ASCOM