BOLSONARO DEFENDE TRATAMENTO PRECOCE E DIZ À CPI DA COVID: "NÃO ENCHA O SACO"
(Presidente voltou a defender o tratamento precoce para a Covid-19 | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / Divulgação / CP)
Presidente voltou a destacar
que as pessoas são livres para escolher, com o médico, a medicação que toma
O presidente Jair Bolsonaro
mandou um recado hoje à CPI da Covid: "Não encha o saco". Em
publicação no Facebook na manhã desta sexta-feira, Bolsonaro volta a defender o
chamado "tratamento precoce", que inclui medicamentos como cloroquina
e ivermectina e que foi um dos pontos mais questionados pelos senadores na
primeira semana da CPI, ao colher os depoimentos de ex-ministros da Saúde e do
atual titular da pasta, Marcelo Queiroga.
"Uns médicos receitam
Cloroquina, outros a Ivermectina e o terceiro grupo (o do Mandetta), manda o
infectado ir para casa e só procurar um hospital quando sentir falta de ar
(para ser entubado)", escreveu Bolsonaro no que ele chamou de
"resposta aos inquisidores da CPI sobre o tratamento precoce".
"Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor
maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por
uma linha diferente da sua, tá ok?", completou.
Na noite de quinta-feira, em
transmissão semanal nas suas redes sociais, Bolsonaro reclamou que o colegiado
da CPI "bateu muito" em Queiroga. "Cloroquina, cloroquina,
cloroquina, o tempo todo cloroquina. 'Ah, o presidente falou'...",
analisou Bolsonaro. O chefe do Executivo ainda ameaçou usar a máquina do
governo federal para investigar o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB),
filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, que tem se
mostrado forte crítico ao Planalto.
Na primeira semana de
depoimentos, a CPI ouviu os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e
Nelson Teich, e Queiroga. Os dois primeiros relataram a pressão de Bolsonaro para
que o Ministério da Saúde defendesse o "tratamento precoce", com
destaque para cloroquina. Já Queiroga irritou os senadores ao evitar dizer se
concorda ou não com a defesa que Bolsonaro faz do medicamento. Queiroga
insistiu que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS
(Conitec) ainda vai decidir sobre o uso da droga antimalárica contra a Covid-19
e disse preferir se manifestar nesse momento, se for preciso.
07/05/2021
| 11:34
AE