PROJEÇÕES APONTAM PARA NOVO PICO DE MORTES NO BRASIL EM JUNHO
(Pandemia só deve ter uma desaceleração significativa no Brasil a partir de agosto | Foto: Michael Dantas / AFP / CP)
Estudo é da Universidade de
Washington, nos Estados Unidos, que considera cenários com mais de 4 mil óbitos
diários em julho
Projeções da Universidade de
Washington, nos Estados Unidos, apontam para um novo pico de mortes por
Covid-19 no Brasil na metade de junho. O tamanho deste pico vai variar de
acordo com as medidas não farmacológicas, como uso de máscaras e distanciamento
social.
No cenário mais otimista,
poderia ficar em torno de 3.000 óbitos por dia. Já a pior estimativa mostra uma
subida do número de mortes desde o começo de junho até metade de julho,
atingindo um pico superior a 4.000 registros em um único dia.
O Instituto de Métricas e
Avaliação de Saúde da Universidade de Washington tem sido um dos órgãos de
acompanhamento da pandemia com as previsões mais acuradas, sendo inclusive
muito utilizado pelo governo dos Estados Unidos no planejamento de estratégias.
De acordo com as projeções, a
pandemia só deve ter uma desaceleração significativa no Brasil a partir de
agosto, ainda assim com um total de óbitos entre 780 mil e 886 mil até 31 de
julho.
Os pesquisadores também
estimam um pico de infecções na segunda semana de junho se forem relaxadas as
medidas de contenção do vírus, bem como um aumento da necessidade de leitos de
UTI.
Nesta semana, o ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu a possibilidade de uma "terceira
onda" no país, ainda que não tenha havido uma queda significativa do
número de casos e mortes em relação ao observado em abril. Em diversos estados
a pressão no sistema hospitalar voltou a ser mais evidente nas últimas semanas.
Especialistas do Observatório
Covid-19 da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) alertam que os índices de
positividade dos testes de Covid-19 que estão sendo realizados no país
permanecem alto, "demonstrando a circulação intensa do vírus
SARS-CoV-2".
29/05/2021
| 9:32 Atualizado 9:33
R7