POR 7 A 4, STF MANTÉM A SUSPEIÇÃO DO EX-JUIZ SÉRGIO MORO
(Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux foi o último a votar | Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)
Maioria do Supremo confirmou
decisão da Segunda Turma que considerou o ex-juiz parcial ao condenar o
ex-presidente Lula
Último a votar, o presidente
do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, se posicionou contra a suspeição
do ex-juiz Sérgio Moro, no processo do tríplex do Guarujá contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele acompanhou o relator, ministro
Edson Fachin, e considerou que a Segunda Turma do STF não deveria ter declarado
a parcialidade do ex-juiz. No entanto, já havia sido formada maioria pela
declaração de suspeição. O placar do julgamento terminou em 7 a 4 contra Moro.
Prevaleceu no julgamento o entendimento dos ministros Gilmar Mendes, Nunes
Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e
Rosa Weber.
A maioria dos juízes aceitou o
recurso que derruba decisão do ministro Edson Fachin que, ao anular as
condenações de Lula considerando que a 13ª Vara Federal de Curitiba não era
competente para conduzir processos não relacionados aos desvios na Petrobras
investigados pela Lava Jato, declarou também extinto pedido da defesa do
ex-presidente sobre a parcialidade de Moro.
A decisão sobre a extinção do
pedido havia sido tomada em março por Fachin. Na ocasião, os processos da 13ª
Vara Federal de Curitiba foram direcionados à Justiça Federal do Distrito
Federal. Ao derrubar a decisão sobre a extinção do pedido de suspeição, o STF
entendeu válido o julgamento da Segunda Turma, ocorrido também em março, e que
apontou a parcialidade de Moro por 3x2.
Na ação do triplex, Lula
acabou enquadrado pela Lei da Ficha Limpa e foi afastado da corrida ao Palácio
do Planalto em 2018, permanecendo preso por 580 dias. Após a anulação das
decisões por Fachin, ele voltou a ser considerado elegível.
A defesa do petista pediu a
extensão da decisão sobre a parcialidade de Moro para as ações do sítio de
Atibaia e do Instituto Lula, o que pode ajudar a evitar eventuais novas
condenações no curto prazo.
23/06/2021
| 16:26
R7