VOZ DA DIOCESE – 15/08/2021 -ASSUNÇÃO DE MARIA E DIA DOS RELIGIOSOS


            Saudamos todos os irmãos e irmãs que acompanham Voz da Diocese nesta grande Solenidade da Assunção de Maria e de modo particular os religiosos (as) que celebram o seu dia neste terceiro domingo de agosto, mês vocacional e a quem queremos manifestar nossa gratidão pelo sim e pelo testemunho doando suas vidas no anúncio do Evangelho.

            Ao falarmos da solenidade deste domingo, lembramos que muito cedo, surgiu na Igreja uma tradição oral sobre a Assunção de Maria em corpo e alma aos céus. A partir do século IV, surgiu um escrito falando da doutrina da Assunção ou “dormição” de Maria. Esta tradição foi se firmando na história, mas somente em 1950, o Papa Pio XII declarou o “dogma revelado por Deus que a imaculada Mãe de Deus, a Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória celestial” (DS 3903).

            As leituras da liturgia nos convidam a olhar para a participação de Maria na vida de Jesus e na vida da Igreja. Maria é apresentada como a “nova Eva” e como imagem da Igreja ressuscitada, sinal de esperança para uma nova humanidade. Maria a “nova Eva” e Cristo “o novo Adão”. Revela a participação de Maria na vida de Cristo vencedor de todo mal. Maria é sinal da Igreja nascente que gera para o mundo uma nova esperança como a força vencedora protegida por Deus.

            O Evangelho nos coloca diante de uma das mais belas passagens da vida de Maria e revelam a mais profunda espiritualidade cristã. Sendo ela a Mãe do Salvador, coloca-se a caminho para ser servidora de sua prima Isabel e nesta figura ensinar a todos os homens e mulheres que a maior resposta a Deus está no serviço aos irmãos. Manifesta no canto do Magnificat a esperança que vem de Deus e sustenta a alegre libertação realizada por Ele para toda a humanidade. Torna-se Maria reconhecida como a “bendita entre todas as mulheres” para todas as gerações.

O papa Francisco, ao falar da Assunção de Maria, na oração do Ângelus, lembra que “a existência de Nossa Senhora foi vivida como a de uma mulher comum da sua época: rezava, ocupava-se da família e da casa, frequentava a sinagoga... Mas qualquer ação diária era sempre realizada por ela em união total com Jesus. E no Calvário esta união alcançou o ápice, no amor, na compaixão e nos sofrimento do coração. Por isso Deus lhe doou uma participação plena também na ressurreição de Jesus. O corpo da Santa Mãe foi preservado da corrupção, como o do Filho”.

            Caros irmãos e irmãs. É a vida que Maria assume: toda voltada para Deus e toda voltada para os irmãos, participando da obra redentora de Cristo que lhe rende a graça de ser elevada aos céus em corpo e alma. Torna-se a Rainha do céu e da terra e nos ensina a acolher o plano de Deus para nossa vida sem deixar de ir ao encontro dos irmãos e irmãs mais sofredores. Bem-aventurada é Maria diante de todas as gerações. Bem aventurada é Maria, mulher cheia de fé. Bem aventurados são todos aqueles e aquelas que imitando Maria caminham nos passos de Jesus. Bem aventurados são todos aqueles e aquelas que no cotidiano da vida, sabem reconhecer a ação bondosa de Deus em sua história. Bem aventurados (as) são todos os religiosos (as) que consagram suas vidas no serviço a Deus e aos irmãos. Bem aventurados somos todos nós quando imitando Maria vamos ao encontro de seu Filho Jesus.

            Maria é o caminho e Jesus é a meta. Caminhemos com Maria e chegaremos a Jesus. Caminhemos com Maria e com ela alcançaremos a glória dos céus junto a Jesus.

            Que Maria assunta ao céu, a modelo fiel no seguimento de Cristo desperte novas vocações para a vida religiosa e sacerdotal, nos dê perseverança e nos conduza no caminho da santidade. Que São José, esposo de Maria, neste ano a ele dedicado nos ensine a cuidar sempre dos interesses de Jesus. Amém.

 

  • Dom Adimir Antonio Mazali
  • Bispo Diocesano de Erexim – RS
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