VOZ DA DIOCESE – 29/08/2021 Aprender e viver o que agrada a Deus
Saudamos
fraternalmente todos os irmãos e irmãs ouvintes da Voz da Diocese e com muito
carinho e gratidão, a todas (os) as (os) catequistas neste dia que recordamos
esta bonita missão na Igreja, estando ainda no espírito do mês vocacional.
A
liturgia deste 22º Domingo do tempo Comum nos convida ao cumprimento da vontade
de Deus expressa em sua Palavra. Servir a Deus vivendo os mandamentos e
praticando a justiça e a Palavra ouvida rompendo com a exterioridade.
Na
primeira leitura Moisés exorta o povo de Israel a viver na fidelidade aos
mandamentos do Senhor, praticando a justiça que conduz a um caminho que agrada
a Deus.
São
Tiago apresenta como é possível viver segundo a Palavra do Senhor e indica o
que fazer: “Sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando-vos a
vós mesmos. [ ...] assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se
deixar contaminar pelo mundo”. Isto é que conduz à salvação.
No
Evangelho, os fariseus e os mestres da lei questionam Jesus porque os seus discípulos
não seguem as tradições dos antigos seguindo as regras de purificação antes das
refeições. Então Jesus coloca para longe a vivência na exterioridade, na
formalidade e lhes responde: “Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a
tradição dos homens”. Mostra como é importante conhecer qual é a vontade de
Deus e seus ensinamentos e não apenas cumprir leis e mandamentos. Viver a
partir do coração é o que agrada ao Senhor.
Aprendemos
as coisas de Deus desde criança, graças aos pais, primeiros catequistas e
muitos homens e mulheres que se dedicam em nossas comunidades no ensino da
catequese.
Dada
esta importância, o Papa Francisco instituiu neste ano o Ministério do
Catequista, mostrando o valor que estes têm para a missão da Igreja. Ele diz:
“Toda a história da evangelização destes dois milênios manifesta, com grande
evidência como foi eficaz a missão dos catequistas. Bispos, sacerdotes e
diáconos, juntamente com muitos homens e mulheres de vida consagrada, dedicaram
a sua vida à instrução catequética, para que a fé fosse um válido sustentáculo
para a existência pessoal de cada ser humano. Além disso, alguns reuniram à sua
volta outros irmãos e irmãs, que, partilhando o mesmo carisma, constituíram
Ordens religiosas totalmente dedicadas ao serviço da catequese. Não se pode
esquecer a multidão incontável de leigos e leigas que tomaram parte,
diretamente, na difusão do Evangelho através do ensino catequético. Homens e
mulheres, animados por uma grande fé e verdadeiras testemunhas de santidade,
que, em alguns casos, foram mesmo fundadores de Igrejas, chegando até a dar a
sua vida. Também nos nossos dias, há muitos catequistas competentes e
perseverantes que estão à frente de comunidades em diferentes regiões,
realizando uma missão insubstituível na transmissão e aprofundamento da fé. A
longa série de Beatos, santos e Mártires catequistas que marcou a missão da
Igreja, merece ser conhecida, pois constitui uma fonte fecunda não só para a
catequese, mas também para toda a história da espiritualidade cristã”.
(Antiquum ministerium, 3)
“Ser
catequista é semear a esperança com gestos e palavras e levar a todas as
pessoas a mensagem salvadora do amor” em todos os tempos e lugares. É ensinar a
viver o que agrada a Deus. Assim, manifestamos a você que é catequista, nossa
gratidão pela sua disponibilidade e dedicação na orientação de nossos
catequizandos e pelo seu testemunho de entrega na vida da comunidade paroquial
na qual você está inserido (a). Parabéns pelo seu dia e que Deus conceda muitas
bênçãos em seu ministério.
Dom
Adimir Antonio Mazali - Bispo Diocesano de Erexim – RS