Orçamento do abono salarial prevê R$ 21 bilhões para 2022
(FOTO: PIS/PASEP Abono/Salarial Foto: MontagemFDR) Divulgação PNE)
Benefício deverá ser pago a
mais de 23 milhões de trabalhadores; previsão é que o calendário comece em
janeiro
Após mudança no cronograma no
começo deste ano, o abono salarial terá um orçamento previsto em cerca de R$ 21
bilhões para 2022. De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, o
benefício deverá ser pago a mais de 23 milhões de trabalhadores no próximo ano.
A previsão é que o calendário de pagamento comece em janeiro.
No último exercício de
2020/2021, pago até fevereiro deste ano, segundo a Caixa, responsável pelo PIS,
319,9 mil beneficiários deixaram de resgatar R$ 208 milhões. O total previsto
foi de R$ 17 bilhões para 22,2 milhões trabalhadores.
Já o Banco do Brasil,
responsável pelo Pasep, identificou 2,7 milhões de abonos para o exercício
2020/2021, num total de R$ 2,6 bilhões. Mas não sacaram cerca de 140 mil
trabalhadores, o que representa um saldo de R$ 95 milhões.
Os benefícios não recebidos
serão novamente disponibilizados no próximo calendário, a partir de janeiro de
2022. O Ministério do Trabalho e Previdência afirma que é assegurado ao
trabalhador o direito ao abono salarial pelo prazo de cinco anos.
Valor
O abono é pago a trabalhadores
formais que recebem até dois salários mínimos. O valor do benefício varia de
acordo com a quantidade de meses trabalhados com a carteira assinada no ano
anterior. Com o aumento do piso para o ano que vem previsto em 6,2%, a quantia
vai de R$ 97,41 a R$ 1.169.
Quem tem direito
Para receber o abono, os
trabalhadores devem ser inscritos no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter
trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2020, com remuneração mensal
média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham
sido informados corretamente pelo empregador na RAIS (Relação Anual de
Informações Sociais) ou eSocial, conforme categoria da empresa.
Recebem o benefício na Caixa
os trabalhadores vinculados a entidades e empresas privadas. As pessoas que
trabalham no setor público têm inscrição Pasep e recebem o benefício no Banco
do Brasil.
Mudança no calendário
Os repasses do abono salarial começavam em julho de um ano e se estendiam até junho do período seguinte, uma vez que o governo levava até os meses de abril para consolidar informações de quem tem direito ao benefício.
A mudança ocorreu após
relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) apontar inconformidade nesse
formato, uma vez que o governo divide o empenho dos recursos (a primeira fase
do gasto, quando há o reconhecimento do compromisso de despesa) em dois anos.
Com isso, o governo adiou este ano e decidiu começar em janeiro.
FONTE: ECONOMIA | Ana Vinhas,
do R7