Inflação fica em 1,25% e atinge maior variação para outubro
(Inflação oficial foi influenciada pelo preço da gasolina | Foto: Alina Souza)
O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) - a inflação oficial - de outubro foi de 1,25%, segundo
dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). A porcentagem apresentou uma diferença de 0,09 ponto
percentual (p.p) em relação ao que foi apresentado em setembro, período em que
a taxa foi de 1,16%. Esta foi a maior variação para um mês de outubro desde
2022 (1,31%). No ano, o IPCA acumula alta de 8,24% e, nos últimos 12 meses, de
10,67%, acima dos 10,25% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em
outubro de 2020, a variação mensal foi de 0,86%.
O IPCA acumular alta de 10,67%
nos últimos 12 meses, resultado ainda mais próximo do triplo da meta
estabelecida pelo governo em 3,75% para este ano. Já em 2021, a inflação soma
alta de 8,24%.
Conforme o IBGE, todas as
áreas pesquisadas tiveram alta em outubro. Os maiores índices foram os da
região metropolitana de Vitória e do município de Goiânia, ambos com 1,53%.
Porto Alegre apresentou variação de 1,14 no mês. A variação acumulada ficou em
9,02%, enquanto aquela medida nos últimos 12 meses foi registrada em 11,92%.
Gasolina e a luz
Mais uma vez, a gasolina
(+3,1%) e as contas de luz (+1,16%) representaram os maiores impactos
individuais do índice. A alta da energia elétrica ocorre em meio à adoção da
bandeira tarifária de escassez hídrica, que tem um custo adicional de R$ 14,20
na conta de luz a cada 100 kWh consumidos, o mais alto entre todas as
bandeiras.
"A alta da gasolina está
relacionada aos reajustes sucessivos que têm sido aplicados no preço do
combustível, nas refinarias, pela Petrobras", explica o gerente do IPCA,
Pedro Kislanov. Além gasolina, houve aumento também nos preços do óleo diesel
(5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%).O gás de botijão (3,67%)
subiu pelo 17º mês consecutivo em outubro, acumulando alta de 44,77% desde
junho de 2020. Já as passagens aéreas, ficaram 33,86% mais caras no mês. “A
depreciação cambial e a alta dos preços dos combustíveis, em particular do
querosene de aviação, têm contribuído com o aumento das passagens aéreas”,
explica Kislanov.
Outro destaque foi a
aceleração dos preços do transporte por aplicativo (19,85%), que já haviam
subido 9,18% em setembro. Os automóveis novos (1,77%) e usados (1,13%) também
seguem em alta e acumulam, em 12 meses, variações de 12,77% e 14,71%, respectivamente.
Alimentação
Os itens do grupo alimentação
e bebidas ganharam ritmo e apresentaram inflação de 1,17% no mês passado,
segunda maior contribuição no IPCA de outubro. A alta foi puxada,
principalmente, pela alimentação no domicílio (+1,32%), influenciada pelos
saltos nos preços do tomate (26,01%) e da batata-inglesa (16,01%).
Também subiram o café moído
(+4,57%), o frango em pedaços (+4,34%), o queijo (+3,06%) e o frango inteiro
(+2,8%). Por outro lado, recuaram os preços do açaí (-8,64%), do leite longa
vida (-1,71%) e do arroz (-1,42%).
Já a alimentação fora de casa
ficou 0,78% mais cara em outubro, principalmente por conta do lanche (+1,31%),
que havia apresentado variação negativa no mês anterior (-0,35%). A refeição
(+0,74%), por sua vez, desacelerou frente ao resultado de setembro (+0,94%).
Por: Correio do Povo e R7