Lançado núcleo Erechinense de ação das Internações compulsórias em acordo de Cooperação Inédito
O município de Erechim lançou,
na manhã desta sexta-feira (3), o Núcleo Erechinense de Ação das Internações
Compulsórias (NEAIC), em acordo de cooperação inédito entre a Secretaria de
Saúde, 11ª Coordenadoria Regional de Saúde, Poder Judiciário, Ministério
Público e Defensoria Pública Estadual de Erechim
O NEAIC, intitulado Caminhos
do Cuidado, tem como objetivo a adoção de procedimentos para as internações
compulsórias através de estratégias para assegurar e humanizar o acesso à Saúde
Mental.
Essa parceria inédita no
município de Erechim tem por objetivo documentar e articular a rede
assistencial em saúde mental do município e as instâncias jurídicas com
objetivo de repensar o tratamento coercitivo e compulsório dos sujeitos em uso
problemático de álcool e outras drogas e em sofrimento psíquico que exigem
determinação judicial para internação hospitalar.
Para ingressar com internação
compulsória ou fazer pedido de internação compulsória em processo em andamento,
a partir da criação do NEAIC e da Cartilha de procedimentos para internações
compulsórias, é essencial a apresentação de formulário integralmente preenchido
pelas equipes técnicas do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS
AD) ou CAPS II, comprovando que o usuário precisa de internação e que ele e/ou
seu familiar aderiu ao tratamento proposto.
Para a secretária de Saúde,
Eclesan Palhão, ações de articulação com a rede intra e intersetorial são
fundamentais para fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial em consonância com
a Reforma Psiquiátrica Brasileira e seus marcos jurídicos, conceituais e
assistenciais. “Nesse contexto, é nodal repensar o tratamento coercitivo para
pessoas em sofrimento psíquico intenso ou em uso prejudicial de álcool e outras
drogas”, disse.
O juiz de direito da Comarca
de Erechim, Samuel Borges, um dos idealizadores do NEAIC, reforça a necessidade
de regulação dos fluxos de cuidado e da organização da rede assistencial de
saúde através do uso racional dos recursos terapêuticos de modo a potencializar
as ações desenvolvidas, sobretudo em situações extremas como as das internações
compulsórias, que devem ser
indicadas após serem esgotadas
todas as possibilidades de tratamento extra hospitalar e sempre com a
vinculação da família com os serviços de saúde.
Texto e Foto: Ascom