Pautas complexas mobilizam Assembleia Legislativa
(Assembleia deverá realizar sessões extraordinárias para conseguir vencer a pauta | Foto: Joel Vargas | Agência ALRS)
A Assembleia Legislativa entra
em seu período derradeiro antes do início do recesso parlamentar, no dia 23.
Considerando os projetos do Executivo, deputados têm pela frente a análise dos
textos relativos à regionalização do saneamento e ao piso do magistério, entre
outros. O projeto sobre o saneamento, que precisa ser vencido de acordo com o
Marco Legal sobre o tema, aprovado pelo Congresso Nacional em 2020, deve gerar
debates e críticas, especialmente da oposição, mas não enfrentará maiores
problemas para aprovação.
A Assembleia teve papel
decisivo nas articulações que levaram o governo gaúcho a apresentar proposta
alternativa às duas matérias originais, que enfrentaram muitas resistências de
prefeitos, com reflexos no Parlamento. O texto será votado na próxima semana. O
projeto sobre o piso do magistério, apresentado à base e protocolado na Casa,
em regime de urgência, depende de acordo de líderes para ir à votação. O tema é
complexo e controverso e foi classificado como “indecente” pelo Cpers. Um dos
principais problemas é a falta de equiparidade salarial que será gerada com sua
aprovação, o que pode levar o governo a deixar sua análise apenas para depois
do recesso.
Segundo a proposta do
Piratini, o reajuste será de 32% na tabela do magistério. Parte do reajuste,
porém, será viabilizada com a absorção de uma parcela de irredutibilidade,
criada com a modificação do plano de carreira, em 2020, de natureza
transitória. Ou seja, as vantagens temporais. Com isto, na prática, os
professores na ativa receberão, em média, 22,5% de reajuste. Os aposentados,
como têm mais vantagens temporais, contariam com reposição média de 6,15%.
Outros, terão reposição zero. O secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso,
reconhece que a ação não é a ideal, mas a possível. A questão é que, como está,
não irá passar.
Fonte:
Correio do Povo Taline Oppitz