Bolsonaro veta projeto de renegociação de dívidas de microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas
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O presidente Jair Bolsonaro
vetou integralmente o projeto que previa a criação de um programa de
renegociação de dívidas para MEIs (microempreendedores individuais),
microempresas e empresas de pequeno porte enquadrados no Simples Nacional. O
veto foi publicado nesta sexta-feira (07) no Diário Oficial da União.
Bolsonaro justificou que a
proposta incorre em vício de inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse
público, uma vez que, ao instituir o benefício fiscal, implicaria em renúncia
de receita.
A Câmara dos Deputados aprovou
o projeto em dezembro. O programa foi batizado de Relp (Renegociação em Longo
Prazo de Débitos para com a Fazenda Nacional ou Devidos no Âmbito do Simples
Nacional). Pelo texto, o prazo para adesão terminaria um mês após a sanção da
proposta.
O projeto beneficiaria,
inclusive, empresas que estivessem passando por recuperação judicial. Pela
proposta, as empresas poderiam dar uma entrada em até oito vezes. O valor da
entrada variava de acordo com a queda de faturamento dos empresários.
O prazo para pagamento das
dívidas era de 180 meses após o pagamento da entrada. As parcelas teriam
vencimento entre o último dia do mês seguinte à publicação da lei e o último
dia do oitavo mês após a publicação. Os descontos poderiam chegar a 90% nas
multas e nos juros e a 100% no caso dos encargos legais, a depender das perdas
das empresas no ano passado.As condições mais vantajosas, segundo o texto,
seriam oferecidas às empresas que registraram maiores quedas de faturamento na
comparação entre os anos de 2019 e 2020. Além disso, os valores das primeiras
36 prestações também seriam reduzidos.
Segundo o relator da matéria,
deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), a reabertura do prazo de adesão ao programa
iria “injetar, em período curto, recursos nos cofres públicos, decorrentes da
adesão dos devedores”.
Por: Redação o Sul