Gabinete de crise discute evolução da pandemia com comitês regionais
O coordenador do Gabinete de
Crise, Marcelo Alves, e a secretária da Saúde, Arita Bergmann, conduziram,
nesta quinta-feira (13/1), uma reunião com todos os comitês das regiões Covid,
do sistema 3As, com o qual o governo do Estado gerencia a pandemia no Rio
Grande do Sul. Participaram membros dos grupos de trabalho Protocolos e Saúde,
além de técnicos da Secretaria da Saúde (SES). Convidar as regiões para
atualizar e debater o aumento de casos registrados no Estado e nas regiões foi
decisão da mais recente reunião do Gabinete de Crise, na terça-feira (11/1).
“Ainda estamos em tempo de
pensarmos em alternativas para evitarmos que esse crescimento de casos se
reflita em necessidade de leitos. Precisamos definir, em conjunto, estratégias
para se fazer cumprir os protocolos obrigatórios e recomendados pelo Sistema
3As de Monitoramento”, destacou Arita.
Nos últimos sete dias, a média
semanal de casos confirmados no Rio Grande do Sul cresceu mais de cinco vezes,
passando de 81,9 para 411,5. Há também um aumento do número de internados em
leitos clínicos, ainda que em menor proporção do que o crescimento de casos
confirmados. Atualmente, há 603 leitos clínicos ocupados por pacientes com
quadro confirmado ou suspeito de Covid-19; em 2 de janeiro, eram 297.
“Estamos aqui discutindo para
que o Estado não precise tomar nenhuma outra medida além das tomadas até agora.
Os municípios já têm os protocolos recomendados e obrigatórios e também têm,
nas suas regiões, a condição de enxergar quais são as medidas necessárias em
cada local”, destacou a secretária adjunta da Saúde, Ana Costa.
Um dos encaminhamentos da reunião foi a elaboração de um ofício, por parte do governo do Estado, ao Ministério da Saúde, solicitando a manutenção do custeio de leitos clínicos e de UTI para o tratamento da Covid-19, a fim de evitar o colapso no sentido da falta de leitos. O ministério anunciou, em dezembro, que deixará de custear os leitos Covid a partir de 1º de fevereiro.
Os comitês regionais ainda
devem se reunir separadamente para discutir medidas que possam ser adotadas em
cada uma das regiões, conforme a autonomia dos municípios estabelecida em
decreto.
Texto: Suzy Scarton
Edição: Secom