A Voz da Diocese Domingo 16 de Janeiro de 2022 Os Mandamentos da Igreja

Saudamos todos os irmãos e irmãs que acompanham Voz da Diocese, e depois de termos celebrado o Batismo do Senhor, iniciamos o Tempo Comum tendo como ponto de partida da vida pública de Jesus, o relato das Bodas de Caná.

            A liturgia deste 2º Domingo do Tempo Comum, rica em sua mensagem, nos lembra, no texto de Isaías, que a comunidade que se coloca à escuta e acolhimento da Palavra de Deus, se sente confortada, amada e jamais esquecida pelo Senhor. É uma comunidade agraciada com a riqueza e diversidade de dons distribuídos por um único e mesmo Espírito a todos os seus membros, conforme lhe apraz.

            Prezados irmãos e irmãs. O Evangelho de João apresenta Jesus presente em uma festa de casamento. Muitos elementos nós encontramos nele que nos servem de reflexão. Jesus abençoa o matrimônio ao participar da festa de bodas; Maria se coloca como intercessora e nos diz: “fazei tudo o que Ele vos disser”; Jesus se revela ao realizar o primeiro milagre – a transformação da água em vinho que gera grande alegria para os participantes da festa, especialmente a família. Que a Palavra de Deus nos oriente para vivermos uma vida cada vez mais cristã.

            Caríssimos! Jesus Cristo deixou sob a responsabilidade da Igreja, aperfeiçoar os meios para facilitar a vivência cristã e com isso realizar a sua vontade para a nossa salvação. Queremos aproveitar, então, para refletir sobre os Mandamentos da Igreja, muitas vezes esquecidos em nossa memória. Eles nos indicam a importância de nossa participação profunda e consciente nos valores do Reino de Deus inaugurado por Jesus e revelado nos sinais de sua ação na vida pública.

São eles:

1.    Ouvir missa inteira aos domingos e festas de guarda: Este é um compromisso para todos os cristãos que tem uso da razão, entendendo a importância da missa e da comunidade, sob pena de ser pecado a não participação por preguiça ou qualquer desculpa que não se justifique;

2.    Confessar ao menos uma vez cada ano: Esta confissão é o mínimo que se pede ao cristão, mas que consciente deve buscar mais vezes e especialmente diante de pecados graves. A confissão também é curativa para a alma e força para vencer as tentações;

3.    Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição: A Eucaristia é um mistério de fé e de amor. É o centro da nossa participação na vida de Cristo e a Igreja nos aponta para a importância de comungar frequentemente, desde que esteja preparado adequadamente;

4.    Jejuar e abster-se de carne quando manda a Santa Mãe Igreja: Isto é, na quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa. Aprendemos o controle de nossos impulsos e desejos e compartilhamos do sofrimento de Cristo e de nossos irmãos, com quem devemos partilhar daquilo que faz parte de nossa vida;

5.    Doar o Dízimo, segundo o costume: É expressão de comunhão eclesial; da capacidade madura de partilhar com a vida da comunidade. O dízimo que não é pagamento, mas doação segundo a generosidade do coração. Este possui a dimensão religiosa, ou seja, a relação do cristão com Deus como gratidão; a dimensão eclesial para a manutenção das celebrações e da vida da comunidade paroquial; a dimensão missionária,  partilha de comunhão entre comunidade e a dimensão caritativa que tem como preocupação a ajuda aos mais necessitados.

Com isto, entendemos os mandamentos da Igreja como orientação para vivermos o valor do bem comum e da comunidade cristã, respondendo aos desafios de ser cristão de fato, no mundo de hoje.

Caríssimos irmãos e irmãs. Que Maria, a mãe intercessora das Bodas de Caná, a fiel discípula de Jesus, nos ensine a fazermos a vontade de seu Filho Jesus e cumprirmos mais fielmente os Mandamentos da Igreja, para o nosso bem e de toda a humanidade. Que Deus abençoe a todos e um bom final de semana.

Dom Adimir Antonio Mazali

Bispo Diocesano de Erexim – RS 

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