Indicação de Leite sobre reeleição mexe no xadrez eleitoral

(No final de semana, Leite considerou a possibilidade de concorrer à reeleição | Foto: Maurício Tonetto/ Palácio Piratini/CP)

 A indicação do governador Eduardo Leite (PSDB) de que poderá concorrer à reeleição ao Palácio Piratini, no sábado, durante evento tucano, provocou repercussão no cenário político, em especial entre os aliados. No MDB, a sinalização de que o governador mudaria de ideia e concorreria no Estado causou desconforto. Algumas lideranças, que já mostravam desconfiança com a proximidade e alinhamento com o PSDB, consideraram o ato como uma comprovação de que Leite estaria interferindo nas decisões internas do MDB. Para outros, a sinalização pode ter ocorrido apenas para amenizar o movimento a favor da candidatura à reeleição.

Independentemente, lideranças acham que o partido precisa construir um novo projeto/candidatura para estar bem posicionado na corrida ao Piratini. Já no PP, que em 2018 abriu mão da candidatura de Luis Carlos Heinze ao governo, em função de uma decisão nacional, o entendimento é que a manifestação de Leite não impacta na pré-candidatura do senador. “Sabemos que o governador e o governo terão candidatura. Se for à reeleição de Leite, tudo bem, apesar da surpresa, porque há uma promessa de que ele não seria candidato à reeleição. Isso não altera em nada a nossa candidatura. (...) Pode trazer para o cenário político outras questões”, afirmou o presidente estadual do PP, Celso Bernardi, durante entrevista ao Esfera Pública, da Rádio Guaíba.

O PP ainda busca conseguir oficializar uma coligação para Heinze, que envolveria oferecer o cargo de vice para o PTB, em especial uma mulher, e o de senador ao Republicanos. E neste contexto entraria o nome do vice-presidente da República Hamilton Mourão, que já anunciou o desejo de concorrer ao Senado, mas ainda articula por qual partido. Faltando sete meses para as eleições, o cenário começa a se mover.

Crédito: Correio do Povo Mauren Xavier

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