Delegação da Ucrânia chega ao local das negociações e exige cessar-fogo "imediato"
(Exército ucraniano disse que a Rússia
"desacelerou o ritmo da ofensiva" militar | Foto: Sergey Bobok / AFP)
A delegação ucraniana chegou nesta segunda-feira (28) ao local das negociações com a Rússia, em Belarus. A intenção de Kiev é exigir um cessar-fogo "imediato" e a retirada das tropas russas, anunciou a presidência da Ucrânia. A informação foi divulgada pela presidência da Ucrânia em um comunicado.
A delegação é liderada pelo
ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, que está acompanhado pelo alto
conselheiro da presidência, Mikhailo Podoliak. No quinto dia da ofensiva,
Moscou afirma que deseja discutir um "acordo" com Kiev durante o
diálogo desta segunda-feira, no momento em que a invasão parece encontrar mais
resistência.
"Cada hora que o conflito
de prolonga, cidadãos e soldados ucranianos morrem. Nós nos propusemos a chegar
a um acordo, mas tem que ser do interesse das duas partes", declarou o
negociador russo e conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski.
Hoje, o exército ucraniano disse
que a Rússia "desacelerou o ritmo da ofensiva" militar no início do
quinto dia da invasão. "Os ocupantes russos desaceleraram o ritmo da
ofensiva, mas continuam tentando obter êxitos em algumas áreas", afirma um
comunicado divulgado pelo Estado-Maior ucraniano.
A Rússia invadiu a Ucrânia na
quinta-feira, o que marcou o início de uma guerra que chocou o mundo. As forças
ucranianas, apoiadas por armamento ocidental, lutam de maneira intensa para
resistir ao avanço do exército russo.
"Em violação ao direito
humanitário internacional, os ocupantes executaram um ataque com míssil contra
edifícios residenciais nas cidades de Zhytomyr e Chernigov", afirmou o
Estado-Maior das Forças Armadas, em referência a cidades do noroeste e norte do
país. "Ao mesmo tempo, todas as tentativas dos invasores russos de
alcançar o objetivo da operação militar fracassaram", acrescentou.
"O inimigo está
desmoralizado e sofre muitas perdas. Observamos casos frequentes de deserção e
desobediência. O inimigo percebeu que a propaganda e a realidade são
diferentes", conclui a nota do exército ucraniano.
Fonte: AFP