“Ser mulher é um ato de coragem”, disse secretária de Assistência Social
Respeito, reconhecimento,
determinação, experiências de vida, luta e amor. Esses foram alguns dos
assuntos tratados na mesa redonda - ‘Metamorfose: empoderamento feminino’,
alusivo ao Dia Internacional da Mulher, realizado, ontem (8), pela Secretaria
Municipal de Assistência Social e a Coordenadoria da Mulher, no Salão de Atos
da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI -
Erechim). O evento discutiu as condições atuais das mulheres na sociedade e
buscou, de forma coletiva, maneiras de cessar as mais variadas desigualdades
que ainda se manifestam na sociedade atual.
Passado e presente
A secretária de Assistência
Social, Clarice Moraes, ao abrir o evento, disse que para além de uma data de
recebimento de flores, chocolates e presentes o Dia Internacional da Mulher é
sinônimo de uma caminhada em prol dos direitos conquistados pelo esforço das
mulheres no passado, que comprometeram suas vidas em favor de um futuro. “Para
que hoje pudéssemos estar aqui conversando sobre a realidade de ser mulher e
desmistificando essa construção de que nesta data é preciso enaltecer a nossa
existência em formato de presentes”, afirma.
Ato de coragem
Clarice disse que ser mulher é um ato de coragem. “Pois lidamos, diariamente, com notícias de violência doméstica, feminicídio, assédios, machismo em seus variados formatos, e a cada 10 minutos, 20 mulheres são agredidas no Brasil”, explica.
Continuar a luta
Ela ressalta que é preciso
continuar a luta a cada novo dia, pela manutenção da vida, espaço de trabalho e
reconhecimento político. “Visto que hoje ocupamos apenas 34% dos cargos
nacionais e 15% nas grandes empresas”, observa.
Coletivo de mulheres
A secretária de Assistência
Social ressaltou que a presença de tantas mulheres no evento simboliza não
apenas um encontro, mas sim, um coletivo de mulheres que se dispões a ouvir e
se reconhecer nas várias trajetórias de vidas expostas nas experiências compartilhadas.
“Essa é uma oportunidade de criarmos laços de apoio”, afirma.
Ocupar espaços importantes
E, acrescenta, “como mulher,
mãe e avó, agora vejo a necessidade disto, constantemente, que devemos ocupar
cada dia mais espaços, como é o caso das mulheres que estão em cargos
políticos, à frente de grandes empresas, estar inseridas em locais que antigamente
não nos eram destinados”.
Pelo todo
Clarice encerra enfatizando
que as mulheres devem, a cada dia, seguir florescendo, lutando e sobretudo não
se calando. “Temos direitos e também deveres e pelo todo seguimos”, ressalta.
Executivo – é possível
A secretária de Administração,
Izabel Ribeiro, representando o Poder Executivo, destacou que na Prefeitura de
Erechim das 12 secretarias, 5 são coordenadas por mulheres, tendo ainda 6
secretárias adjuntas e inúmeras servidoras nas mais diversas áreas. “Uma das
lutas, de todas nós, sempre foi a do reconhecimento no mercado de trabalho, e
eu gostaria de dizer pra todas vocês que isso é possível. Nós podemos ser líderes,
coordenar equipes, e fazer a diferença onde quer que estejamos”, disse.
No entanto, ressalta Izabel,
as mulheres precisam sim ser respeitadas, amadas e aclamadas. “Parabéns pra
todas nós porque só de termos um espaço pra valorizar esta data, que é só
nossa, já é uma vitória gigante, e que isso seja o motor pra que possamos
buscar ainda mais tudo que merecemos”, disse.
Legislativo – luta histórica
A vice-presidente da Câmara de
Vereadores, vereadora Sandra Picolli, representando o Poder Legislativo, disse
que esta data não é somente de homenagens, mas, principalmente, para reafirmar
a luta incansável e histórica pelos direitos das mulheres. “É preciso honrar as
mulheres que nos antecederam e seguir fazendo mais, porque há muitos casos em
que só por ser mãe as portas se fecham”, disse.
Mesa redonda
Os diálogos e relatos de
experiências pessoais da mesa redonda foram abertos pela vereadora, Ana de
Oliveira. Ela disse que é preciso ser protagonista da própria existência. “É
importante definir o que se quer da vida”, afirmou. Em seguida, Melissa Mattos,
Carolina Rosa e Julia Stefani compartilharam as suas vivências.
Fonte: Ascom