Leite pode ficar no PSDB e pré-candidatura não está descartada
(Caso Leite permaneça no PSDB,
o vice Ranolfo Vieira Júnior se torna o candidato natural do partido na
sucessão ao governo gaúcho | Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini / CP)
Enfim, chegou a data em que o governador Eduardo Leite anunciará seu futuro político. Após estar com os dois pés no PSD, de Gilberto Kassab, a tendência é a de que Leite permaneça no PSDB. A possibilidade de reviravolta no cenário foi deflagrada após a cúpula nacional tucana intensificar as articulações pela permanência do governador gaúcho entre seus quadros. Inicialmente, a proposta era a de que Leite renunciasse ao Piratini e assumisse a presidência nacional do PSDB. Desta forma, asfaltaria o caminho para a próxima sucessão ao Planalto, permanecendo na disputa. A oferta, no entanto, evoluiu e cresceram as chances de concretização de uma troca no representante do partido na corrida ao governo federal.
Segundo o presidente estadual
do PSDB, deputado federal Lucas Redecker, o fato de o governador de São Paulo,
João Doria, ter vencido as prévias, não significa uma posição consolidada. “O
PSDB está em busca da composição de alianças e a opinião dos partidos que podem
se juntar a nós terá peso. Caso Leite seja considerado mais competitivo, não há
motivo para ele não ser escolhido e homologado na convenção”, disse Redecker,
em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba. O movimento, no
entanto, representaria uma bela puxada de tapete em Doria. O PSDB, porém, mais
do que a preocupação com a reação de Doria, no caso de revés, está focando na
própria salvação. “É real o temor de uma redução ainda mais drástica do
partido. Em 2018 perdemos tamanho e espaço. Por ora, Doria é um candidato menos
competitivo em função de sua alta rejeição”, justificou Redecker.
Sobre renunciar ao Piratini
sem ter a certeza de que de fato será o candidato ao Planalto, Redecker foi
taxativo: “Não há conquistas sem riscos”. Caso Leite permaneça no PSDB, o vice
Ranolfo Vieira Júnior se torna o candidato natural do partido na sucessão ao
governo gaúcho. Sua pré-candidatura, dependerá, no entanto, das negociações com
outros partidos, como o MDB, visando a formação de uma chapa majoritária mais
competitiva.
Fonte: Correio do Povo Taline
Oppitz