“Devemos ser aliados da tecnologia”, disse Polis
Afirmação do prefeito foi na
reunião de trabalho, na Câmara de Vereadores, que discutiu sobre a redução ou
isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) para importação de ônibus elétricos da
China e os efeitos disso na indústria nacional
O prefeito de Erechim, Paulo
Polis, participou de uma reunião de trabalho com representantes da indústria,
comércio, instituições de ensino, Poder Executivo e Legislativo de Erechim, na
manhã de hoje (12), na Câmara de Vereadores de Erechim, para discutir sobre a
redução ou isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul para importação de
ônibus elétricos da China e os efeitos disso na indústria nacional. O evento
foi promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos e da Confederação Nacional dos
Metalúrgicos em Erechim.
“A tecnologia nos ajuda em
muitas questões, aliás, em quase todas. E esta discussão vem em boa hora,
porque não se trata de saber se a tecnologia vai vir ou não, ela já está aí, e
quem não acompanhar está fora da competitividade”, disse o prefeito, Paulo
Polis.
O prefeito afirma que o Poder
Público não pode, todo o ano, aportar recursos para equilibrar a realidade e a
inserção de novas tecnologias, se referindo à ajuda financeira de R$ 4 milhões
para a empresa que faz o transporte público de Erechim. “E nós queremos
proteger as nossas indústrias locais”, disse.
O prefeito ressalta que a
renovação tecnológica está presente no dia a dia e será preciso trabalhar em
conjunto, Poder Público, empresas, universidades, entidades, para que isso
aconteça em âmbito local. “E se não for de um jeito será de outro, mas a
tecnologia já está aí. Não tem como barrar isso, porque esse processo é
natural”, comenta.
Inicialmente, disse Polis,
“sou contra a importação”, e que é necessário pensar alternativas para produzir
tecnologia nas empresas locais e melhorar a condição de trabalho dos
profissionais. “Temos um exemplo de uma empresa local que colocou mais 50 pessoas
na linha de montagem com a instalação de robôs. Então, precisamos atuar com a
tecnologia e qualificar o trabalhador, esta é a verdadeira essência”, afirma.
Ele comenta que se for
preciso, o Poder Público é parceiro para investir recursos na capacitação profissional,
nas universidades, pensando até em melhorar a qualidade salarial do
trabalhador. “Parabenizo a todos por trazer este assunto à baila, é importante,
esse é o papel do sindicato, esta é a essência, mas também percebemos, por
outro lado, que não tem fórmula pronta de como fazer tecnologia em lugar nenhum
do mundo”, comenta.
E, acrescenta, “vai chegar o
momento que algumas indústrias vão começar a produzir ônibus elétricos e se nós
não estivermos capacitados vamos ficar para
trás, e isso vale para todas
as áreas. Temos que trabalhar com a tecnologia, e não perguntar quando ela virá
porque ela já está aí”.
Segundo Polis, o Poder Público
também tem que olhar para o cidadão, e como fazer para equacionar o valor, por
exemplo da passagem de ônibus, redução de custos e proteger a indústria
nacional. “Tem que ter uma ação conjunta entre Poder Público, universidades,
empresas, entidades, e este é o foco, eu imagino”, afirma.
Para o secretário geral da
Confederação Nacional dos Metalúrgicos, Loricardo de Oliveira, essa medida pode
representar o início da “destruição do parque industrial brasileiro. E,
acrescenta, “onde queremos chegar com a estratégia de simplesmente importar”.
Fonte: Ascom