Rio Grande do Sul em alerta com a Dengue
Foto: Divulgação Pró Saúde
Número de casos no Rio Grande
do Sul cresce a ponto de quase 90% das cidades registrarem a presença massiva
do Aedes aegypti, motivando as autoridades a emitir um novo alerta
epidemiológico e a orientar maior prevenção
Desde o começo da série
histórica do monitoramento de arboviroses no Rio Grande do Sul, em 2000, nunca
o Estado registrou um número maior de municípios infestados pelo Aedes aegypti
do que no atual ciclo. Das 497 cidades gaúchas, 441 tinham, na metade desta
semana, a presença massiva do mosquito causador da dengue, zika e chikungunya.
O número corresponde a 88,7% dos municípios. A dengue já infectou, neste ano,
mais de 7,9 mil pessoas no RS, superando as infecções do mesmo período de 2021.
Até o fechamento desta edição, havia deixado também cinco mortos, motivando a
Secretaria Estadual de Saúde (SES) a emitir, no final de março, um alerta
epidemiológico para a “situação crítica”.
A coordenadora do Programa
Estadual de Vigilância e Controle do Aedes (PEVCA) da Vigilância Ambiental do
RS, Carmen Gomes, afirma que todos têm responsabilidade no combate à
proliferação do mosquito. “É muito importante a participação da população
nisto. São os municípios que precisam manter a vigilância e as ações durante o
ano todo. Se a gente relaxar durante os meses de inverno, vai acontecer o que
está acontecendo”, salienta ela. O governo do Estado, segundo Carmen, dá apoio
às cidades, por meio das 18 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), no
sentido de “capacitar, supervisionar, acompanhar e dispor dos insumos para
controle”. “Não existe nada de novo neste acompanhamento. Quando se perde o
controle disto, temos que entrar com ações como a eliminação dos mosquitos
adultos com a aplicação de inseticidas no ambiente. O uso deles é o reflexo de
que em algum momento houve alguma falha na vigilância”, diz.
O médico infectologista e
presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT), Julio Croda,
afirma que o aumento de casos de dengue neste ano não está sendo um fenômeno
restrito ao Estado, já que ocorrem em outras regiões como Centro-Oeste, Sudeste
e demais pontos do Sul. Ele diz acreditar que o atual surto é resultado de um
“descontrole vetorial importante, sem fiscalização e orientação da população”,
muito em razão do deslocamento de agentes relacionados à atividade da dengue
para ações de controle da Covid-19. “Muitas dessas equipes foram
desestruturadas, transferidas para os serviços de Covid, prestaram um
atendimento ou organizaram ou ainda ficaram na parte administrativa em resposta
à pandemia”, afirma o presidente da SBMT.
Carmen, da SES, reconhece que
os agentes de saúde tiveram dificuldade de ação por causa da pandemia: “Eles
precisavam fazer as visitas casa a casa, para orientar as pessoas, eliminar os
criadouros e isto ficou bastante prejudicado. Houve algumas restrições
inclusive impostas pelo Ministério da Saúde. Mesmo assim, tivemos no ano
passado um número não tão alto quanto o que temos agora. Incentivávamos muito
as pessoas pela condição de elas estarem mais em casa e poderem fazer esta
vistoria”. A coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Controle do
Aedes rechaça uma relação direta da Covid-19 com a dengue. “O que pode ter
acontecido é que, pelas pessoas estarem em casa, mais protegidas, este contato
direto com o mosquito tenha sido menor, já que as pessoas não saíam e não se
locomoviam tanto, não viajavam, não iam para outro município com tanta
facilidade”, argumenta Carmen, acrescentando que, no ano passado, a dengue
deixou 11 mortos no RS.
Já em nota, o Ministério da
Saúde disse que “tem reforçado o combate às arboviroses e ao mosquito
transmissor Aedes aegypti”. “A pasta vem acompanhando e orientando a situação
epidemiológica e as rotinas de controle vetorial e prestando apoio aos estados;
também realiza campanhas para reforçar ações de prevenção e combate ao mosquito
em todo território nacional.” O ministério lembra também que, em novembro de
2021, “no início do período de maior proliferação do vetor, lançou campanha
nacional de combate ao mosquito e de prevenção das arboviroses urbanas”.
Sintomas são diferentes dos
vistos na Covid-19
Com relativa frequência,
dengue e Covid-19 são confundidas, já que ambas manifestam condições como
febre, dor de cabeça e dor no corpo. Mas, na avaliação do responsável técnico
da Gerência de Saúde Comunitária do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Juliano
Barcelos, a distinção de uma ou outra doença é fácil de ser feita. “O início na
dengue é mais súbito, com uma febre e mal-estar marcados e às vezes dor
abdominal. O coronavírus começa com um quadro que parece gripal, tosse e
obstrução nasal. Sintomas respiratórios e dor de garganta não são comuns na
dengue”, reforça o médico, que atua na Unidade de Saúde Jardim Itu, na Zona
Norte de Porto Alegre.
A jovem Duane Gabriele Müller,
18 anos, sentiu, no começo, uma dor nas costas “sem explicação”. O incômodo
permaneceu por uma semana, mas no final de março a situação clínica agravou-se.
“Tive muita dor no corpo, de cabeça, nas pernas, e a dor nos olhos era
terrível”, conta ela, que mora em Igrejinha. Mesmo assim, foi ao Hospital Bom
Pastor, o único do município, onde recebeu soro e voltou para casa. No dia
seguinte, voltou a relatar uma piora: “Tudo tinha um gosto ruim, até a água”.
Ela foi, então, com a mãe até a UMT (Unidade Municipal de Triagem). “Me deram
paracetamol e dipirona, mandaram tomar muita água e ficar de repouso. Não
conseguia me mexer direito de tanta dor nas costas e não podia com a
claridade”. Ela contou que ficou dois dias “sem comer nada”, afora um
isotônico. Na véspera de retornar ao trabalho, recebeu o diagnóstico de dengue.
“Vomitei sangue uns dois dias. Por último, meus dedos da mão ficaram bem
inchados e tive manchas vermelhas pelo corpo. Parecia que eu tinha me queimado
com o sol.” O tratamento enfim deu resultado e Duane recuperou-se. Não foi,
contudo, o único caso da família, já que os avós maternos, uma tia e uma prima
também foram atingidos pela doença.
Até essa semana, de um
universo de 37 mil habitantes de Igrejinha, 2,2 mil casos foram confirmados na
cidade, conforme a Secretaria Municipal de Saúde. No final de março, um morador
da cidade morreu. O Hospital Bom Pastor chegou a emitir um comunicado em 29 de
março, dando conta de uma superlotação na emergência e pronto-atendimento.
Procurado, o HBP esclareceu ao CP que somente 40 dos 284 pacientes atendidos
eram suspeitos de dengue e que mais um médico passou a reforçar a escala,
somando 24 horas com dois clínicos gerais disponíveis. A cidade, aliás, teve de
lidar com uma situação sem precedentes. Até então, nunca houve um caso
autóctone, ou seja, originado em seu território, somente por parte de
viajantes. Em 2022, segundo a SES, eram 555 casos até a última terça-feira – o
terceiro maior número do RS e que pode até ser maior, pois há uma defasagem
entre os dados do Estado e município. “Quando tivemos as primeiras suspeitas de
dengue, já fizemos um trabalho com as outras secretarias para que pudéssemos
fazer algumas atividades, principalmente de conscientização e limpeza”, afirma
o secretário de Saúde de Igrejinha, Vinicio Wallauer.
Algumas outras ações feitas na
cidade são a visita dos agentes de endemia nos bairros, vistorias em cemitérios
públicos e privados, o projeto Desapega, que estimula a eliminação voluntária
de entulhos das residências, e a aquisição de um equipamento acoplado a um
veículo do Corpo de Bombeiros Voluntários, que pulveriza o inseticida conforme
as áreas mais críticas do município. O problema é que a substância química, na
avaliação das prefeituras, não está vindo em quantidade suficiente do Governo
Federal, que repassa o produto ao Estado, que, por sua vez, envia aos
municípios.
EXPLOSÃO DE CASOS EM DOIS
IRMÃOS
No mapa do Monitoramento de
Arboviroses do RS, lançado em 10 de março pela SES a partir de dados do Centro
Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), Igrejinha está no vermelho mais escuro
em relação às confirmações, bem como Dois Irmãos. A cidade da Região
Metropolitana, com cerca de 33 mil moradores, viu igualmente explodir o número
de infecções. A prefeitura contabilizava, na segunda-feira passada, mais de 1,5
mil confirmações, mas as notificações eram quase o dobro disso: 2,8 mil. Nem
todos os casos notificados, saliente-se, resultam em confirmações para a
doença. “No primeiro momento, fizemos várias ações educativas, com os agentes
de endemias e interrompemos as atividades dos agentes de saúde para eles
buscarem também este combate ao mosquito. Foram muitas pessoas na rua, o tempo
todo, visitando casas, orientando e entregando material informativo, no sentido
de conscientizar a população”, afirma o prefeito Jerri Meneghetti, ele mesmo
diagnosticado com dengue, que reconhece existir ainda resistência por parte de
moradores em receber os agentes.
Em condições ambientais
favoráveis, o desenvolvimento a partir da eclosão do ovo até a forma adulta, em
que o mosquito assume sua forma habitual, mais escuro e com marcações brancas
no corpo e pernas, pode levar 10 dias. O Laboratório Central de Saúde Pública
(Lacen/RS) aponta que o exame preferencial para o diagnóstico da doença é o que
detecta anticorpos IgM para Dengue, feito em amostras coletadas do 7º ao 30º
dia a partir dos sintomas.
Por isso, a Administração
propôs a criação do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti, Cadastro de
Coletores de Águas Pluviais e multas pesadas para quem mantiver criadouros de
mosquitos em sua propriedade, cujo valor máximo pode ultrapassar R$ 1,6 mil
para residências e R$ 3,3 mil para empresas. O projeto tramita na Câmara
Municipal. “Estamos fazendo testagens em todo mundo, até para termos um
panorama real da situação”, diz a secretária Municipal de Saúde de Dois Irmãos,
Júlia Lopes de Oliveira. Tanto ela como o prefeito acreditam que a tendência
atual é de queda nos novos casos. “Ao longo de março, especialmente na segunda
quinzena, a cada 100 testes feitos, 97 ou 98 davam positivo para a dengue.
Agora, os dados começam a inverter, com 39% dos casos notificados com resultado
positivo”, comenta ela.
IMBÉ TEM PRIMEIRO REGISTRO DA
HISTÓRIA
Imbé, no Litoral Norte, jamais
tinha confirmado um caso de dengue, nem mesmo entre turistas. O primeiro da
história veio no último dia 6 de abril. Dois dias depois, já eram 12
confirmações. O Litoral Norte tem registros do Aedes aegypti desde 2016. Ainda
antes da primeira confirmação de dengue, a prefeitura havia recebido um alerta
da Secretaria Estadual de Saúde quanto ao aumento considerável dos no Estado.
“Quando recebemos, conversamos com a Vigilância Ambiental de que talvez também
tivéssemos de dispará-lo em nível municipal. Lembrar os profissionais da ponta,
equipes de atendimento da Policlínica e Unidades de Saúde da Família, de tomar
cuidado com sinais e sintomas relacionados, especialmente de pessoas que
circularam em outras cidades que já tinham casos confirmados”, diz a
coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Imbé, Caroline Pimenta. Ela
comenta que, assim como em Dois Irmãos, o município está estruturando uma
legislação para que os moradores que não cuidam de seus espaços sejam
penalizados com multas. Segundo Caroline, da mesma forma do que nos outros
lugares, nem sempre há colaboração dos moradores na limpeza de seus espaços. O
município também ampliou as visitas dos agentes de endemia e comunitários e as
ações nas escolas.
A coordenadora da Vigilância
Ambiental de Imbé, Halina Borba, afirma que “não há mais horários para os
mosquitos aparecerem”. “Parece que esse ano o Aedes aegypti veio com tudo.
Normalmente é mais no período do verão. Quando começa a esfriar, a gente tem
uma baixa muito considerável do mosquito. Mas não é o que está acontecendo
agora”, afirma. Na semana passada, em um dia chuvoso, uma das equipes esteve na
residência da representante comercial Ana Lúcia Pereira Monteiro, no Centro, e
localizou larvas na água do regador. “Estou bastante preocupada. Já tive
Covid-19 e com certeza vou reforçar os cuidados”, comentou Ana.
Casos de dengue são sérios,
mas manejo da doença é considerado fácil e barato
Em Porto Alegre, onde os
primeiros casos de dengue foram confirmados em 2010, o chamado Índice Médio de
Fêmeas de Aedes aegypti (IMFA) está em nível crítico, em consonância com o que
o Rio Grande do Sul como um todo apresenta. Até a semana epidemiológica 14,
encerrada no último dia 9, foram notificados 1.656 possíveis casos, com 967
confirmações em moradores da Capital, e 964 autóctones, segundo a prefeitura.
Para efeitos de comparação, em 2021, no mesmo período, foram 41 notificações,
17 moradores da Capital confirmados com dengue e 12 casos autóctones.
De acordo com o Plano
Municipal de Contingência, elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde neste
ano, Porto Alegre está atualmente em nível de resposta 2 em uma escala que vai
até 3, caracterizando a atual situação como um surto epidêmico. A mudança foi
devido à confirmação de um caso grave na Capital, mas o paciente teve boa
evolução. O nível 2 prevê, inclusive, quando necessário, “disparar contratação
emergencial de médicos e convocação de horas extraordinárias a profissionais da
enfermagem”. No entanto, conforme a diretora-geral da Diretoria de Vigilância
em Saúde (DVS) de Porto Alegre, Fernanda Fernandes, isso ainda não foi
necessário. “As unidades básicas de saúde são o primeiro nível de atenção e
elas estão conseguindo manejar bem o controle da doença. A dengue é séria,
grave, mas seu manejo é fácil e barato. Porém, estamos nos mantendo alertas e
vigilantes”, observa a diretora-geral.
CAPITAL TEM PAINEL DE
INFORMAÇÕES
A prefeitura de Porto Alegre
lançou, em fevereiro deste ano, um novo painel de informações sobre o Aedes
aegypti. A intenção é informar, em tempo real, o status de infestação do
mosquito transmissor. Ele funciona por cores dispostas no mapa do município
conforme o número de fêmeas capturadas nas 910 armadilhas espalhadas em 45
bairros. Há duas semanas, 29 bairros tinham alta infestação de mosquitos e 11
estavam em situação de alerta. Foi uma mudança frente ao Levantamento Rápido de
Índices para Aedes aegypti (LIRAa), realizado de duas a três vezes por ano, e
que ainda é muito utilizado em muitas cidades do país. Onde é vermelha a cor
exibida pela página, a Saúde concentra ainda mais sua atenção.
O site mostra, por exemplo, que apenas um conjunto de quadras no entorno da Escola Estadual Evaristo Gonçalves Netto, registrou, até o momento, 27 casos autóctones. O maior número de casos confirmados se concentra nos bairros Jardim Carvalho – onde fica a escola –, Bom Jesus e Vila Nova. “Antes, ninguém sabia de casos de dengue. Agora, as pessoas sempre conhecem alguém que pegou a doença, amigos, vizinhos, parentes. E as pessoas buscam mais informações, estão preocupadas”, relata Saulo Campo, supervisor de serviço da Ecovec, empresa dona da tecnologia de armadilhas, que há dez anos trabalha com os agentes de campo em Porto Alegre.
Há uma discrepância entre os
números da dengue divulgados pelo governo do Estado e as prefeituras. Por
exemplo, em Igrejinha, na última quarta-feira, havia mais de 2,1 mil casos
positivos, entre ativos e inativos, enquanto o governo do Estado falava em 705
confirmados e 677 autóctones. De acordo com a coordenadora do PEVCA Carmen
Gomes, a diferença nos números se dá conforme as notificações que são lançadas
na plataforma do Ministério da Saúde, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(Sinan).
Controle vetorial não pode ser
negligenciado
Existem quatro sorotipos
diferentes de dengue no Brasil: DENV 1, 2, 3 e 4. Cada um deles circula por
dois a três anos. Multiplicando-se ambos os índices, o ciclo se fecha a cada 12
anos. Neste contexto, a opinião é de que é preciso sempre ser vigilante,
especialmente considerando estes rodízios. “A gente nunca consegue
adequadamente fazer um controle de vetor viral. A população pode ter criado
algum tipo de imunidade coletiva para aquele sorotipo específico, mas ele para
de circular”, esclarece o presidente da SBMT, Julio Croda. E como estar um
passo à frente desta sazonalidade? “A medida mais efetiva que temos é trabalhar
o controle vetorial, assim como ofertar um tratamento de água de qualidade,
para não haver necessidade de as pessoas fazerem grandes estoques, e a
fiscalização para eliminar vetores, para, de alguma forma, diminuirmos a carga
da doença”, explica o médico.
Este ciclo do mosquito,
combinado ao alto número de casos há três anos, fez com que a prefeitura de
Porto Alegre esperasse que houvesse um novo crescimento “acima da média” em
2022, segundo afirmou Fernanda Fernandes. A diretora-geral da DVS também alerta
que o maior patamar de infecções na Capital em 2022 pode ainda não ter chegado.
“Em 2019, o pico foi na semana 22, e agora ainda estamos na 15. Provavelmente,
se mantiver a atual condição climática, com um pouco de calor, a gente vai ter
ainda mais casos”, diz.
MOSQUITO TEM HÁBITOS DIURNOS
De acordo com a IOC/Fiocruz, o
Aedes aegypti é um mosquito de hábitos preferencialmente diurnos, que se
alimenta do sangue humano, especialmente ao amanhecer e ao entardecer. Seus
criadouros preferenciais são reservatórios de água limpa, onde ocorre a desova,
assim como caixas d’água, galões e tonéis, mas também locais pequenos, como vasos
de plantas, calhas entupidas, garrafas, pneus e potes. Uma fêmea pode dar
origem a 1,5 mil mosquitos ao longo da vida.
Muitas pessoas recorrem aos
repelentes para evitar a aproximação do Aedes aegypti. Pelo menos uma rede de
farmácias, a São João, relatou, por meio de sua assessoria de imprensa, um
aumento de aproximadamente 20% na procura deste tipo de produtos. Conforme a
bióloga e coordenadora do projeto de extensão Combate e Prevenção à Dengue da
Universidade Feevale, Caroline Rigotto, há, porém, que se pensar no aspecto
social da recomendação de repelentes industrializados. “Existem pessoas que não
têm acesso aos produtos comerciais, então, se estiver sendo distribuído o
natural, ou algo que possa ser feito em casa, por que não utilizar? Mas é
preciso continuar com os outros cuidados”, afirma ela, listando, por exemplo,
mosquiteiro para crianças e bebês – que não podem usar repelentes –, o uso
preferencial de roupas brancas, que atraem menos a presença dos insetos do que
as escuras, além de outras prevenções habituais.
Fonte: Correio do Povo Felipe
Faleiro