Curso de Medicina da URI destaca o Dia Mundial sem Tabaco
(Foto: Imprensa URI - Professor Leandro Gritti: “Índice de fumantes ainda é alto causando preocupação à área da saúde”)
O tabagismo é, ainda, uma
doença de proporções pandêmicas. Causado pela dependência à nicotina, se
constitui no principal fator de risco evitável de adoecimento e morte. A
declaração é do médico pneumologista Leandro Gritti, professor do Curso de
Medicina da URI, ao falar sobre o Dia Mundial sem Tabaco, que ocorre no próximo
dia 31 de maio, com o objetivo de conscientizar a população sobre o
problema.
“A fumaça do cigarro, com
cerca de 7.000 substâncias, algumas dezenas delas sendo comprovadamente cancerígenas,
é inalada e tem grande e rápida absorção para o sangue”, observa o professor.
Assim, atinge o nosso cérebro em poucos segundos após uma tragada. “Graças ao
seu efeito rápido, potente e de curta duração, a nicotina tem alto poder de
causar dependência: estima-se que metade dos que experimentam o tabaco se tornem
tabagistas”, frisou o médico.
Leandro Gritti diz, ainda, que
a doença tabagismo é fator de risco para um grande número de doenças, entre
elas, os vários tipos de câncer (de qualquer parte das vias respiratórias, de
cabeça e pescoço, do sistema urinário, do sistema digestivo, do colo do útero e
leucemia) e as doenças cardio e cerebrovasculares. Lembro, também: “É
responsável por cerca de 85% dos casos de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC),
além de contribuir para o desenvolvimento de outras patologias como as
infecções respiratórias e tuberculose, complicações na gestação e outros
agravos da saúde.
Graças a décadas de combate, a
prevalência do tabagismo no Brasil apresentou queda, informou o professor.
“Porém, ainda temos cerca de 21 milhões de tabagistas e vivemos sob constante
“ameaça” com o surgimento de “novos e modernos” métodos de consumo da nicotina
como os dispositivos eletrônicos para fumar, vaporizadores, e-cigar, etc, além da
reedição de métodos antigos como o narguilé. “Tais formas de uso da nicotina
visam ampliar o consumo da nicotina, principalmente entre o público jovem,
visto que a maioria dos fumantes se torna dependente à nicotina até os 19 anos
de idade”, disse o professor, manifestando muita preocupação com essa
realidade.
“Estas novas formas de uso de
nicotina não são seguras, pois podem causar doença respiratória aguda e grave e
não contribuem para o abandono do tabagismo dito “convencional” (cigarro industrializado)
”, afirmou, ainda.
Como aspecto positivo,
ponderou, “a maioria dos fumantes adultos pensam ou desejam parar de fumar,
sendo que a maior parte dos ex-fumantes conseguiu parar sem ajuda formal. Não
obstante, a participação do médico e das outras profissões da saúde (abordagem
multidisciplinar) é muito importante no aumento das taxas de abandono do
tabagismo e prevenção de recaídas, fornecendo suporte que pode incluir também o
uso de medicamentos”, concluiu.
Fonte: Setor de Comunicação
URI Erechim RS