Nos próximos dias será lançado edital do novo presídio de Erechim
Projeto-piloto
no país tem como premissa educação e trabalho, terá capacidade para 1,2 mil
vagas, em dois blocos de regime fechado, com 600 vagas cada e investimentos que
ultrapassam os R$ 142 milhões
O
prefeito de Erechim, Paulo Polis, e o secretário de Governança e Gestão, Edgar
Marmentini, e o vereador, João Francisco Coimbra Parenti (Fifo), realizaram,
hoje (7), uma reunião com o secretário extraordinário de Parcerias do Estado,
Leonardo Busatto, e o diretor, Rafael Ramos, em Porto Alegre, para falar sobre
a nova estrutura prisional em Erechim. A novidade é que até o próximo dia 18
deve ser lançado o edital de licitação deste projeto que pretende ser modelo
para todo o Brasil.
Conforme
o prefeito, Paulo Polis, apesar de ser um assunto muito complexo, a
administração municipal não pode esquecer dele porque afeta diretamente a
segurança dos erechinenses.
“Não
há mais condições de manter o presídio na área central do município, porque
está com problemas estruturais constantes, já foi interditado parcialmente, tem
superlotação, situações que comprometem muito a segurança da população”, afirma
o prefeito Paulo Polis.
Segundo
o prefeito, a proposta para efetivar o novo presídio será via parceria
público-privada (PPP), a estrutura prisional terá capacidade para 1,2 mil
vagas, em dois blocos de regime fechado, com 600 vagas cada, e investimentos
que ultrapassam os R$ 142 milhões.
O
objetivo deste projeto, comenta o prefeito Paulo Polis, é buscar a efetiva ressocialização
dos apenados, melhores condições de detenção, para quem está privado de
liberdade possa ser um cidadão produtivo novamente. “O novo modelo de complexo
prisional de Erechim será o primeiro do Brasil que tem como premissas básicas a
educação e o trabalho”, observa.
Por
que Erechim?
Entre
as justificativas apresentadas na audiência pública estão as ações judiciais,
uma delas, ajuizada pelo Ministério Público do RS contra o Estado do Rio Grande
do Sul, iniciada a partir do desmoronamento do muro do presídio estadual de
Erechim, em janeiro de 2019, resultando na interdição do pátio e ocasionando
riscos de novos desabamentos em outros setores do prédio, colocando em perigo a
vida de apenados, servidores e visitantes.
Outra
justificativa é que a unidade prisional de Erechim se encontra superlotada e
necessita de ampliação, já que tem capacidade para 239 pessoas presas, e em
maio do ano passado abrigava 512 presos, assim, com 273 presos além da sua
capacidade. Além disso, pela proximidade com Santa Catarina e por pertencer a
uma região com vocação para o trabalho prisional. A escolha de Erechim se deu,
também, em função de um acordo numa Ação Civil Pública que questionava as
condições atuais do estabelecimento prisional.
Fonte:
Ascom