Glaucoma – uma doença silenciosa Dr Jeferson Skzypek – médico oftalmologista – CRS-rs29821
O
glaucoma é uma das principais causas de perda visual no mundo, sendo a
principal causa de cegueira irreversível. Trata-se de doença crônica sem cura,
mas que pode ser controlada com o tratamento adequado e contínuo. Como nos
estágios iniciais da doença esta é assintomática, recomenda-se avaliação
oftalmológica completa para a população em geral, pois, quanto mais precoce for
o diagnóstico, menores são as chances de o glaucoma levar à cegueira.
Os
fatores de risco mais comuns, que favorecem o aparecimento da doença são: a
idade avançada, hipertensão ocular, miopia elevada, raça negra e
hereditariedade. O uso indiscriminado de corticóides também está relacionado
com aumento da pressão intraocular, por isso deve ser relatado ao médico.
O
glaucoma é uma neuropatia do nervo óptico caracterizada por uma perda
progressiva do campo visual, que costuma ocorrer da periferia para o centro. É
comum que ocorra a diminuição da área visual, mas sem perda da acuidade visual
central, fato esse que pode vir a dificultar o diagnóstico nas fases iniciais.
Na maioria das vezes, vem acompanhado de aumento da pressão intraocular.
Usualmente,
o exame oftalmológico completo, em que o médico oftalmologista realiza a medida
da pressão intraocular, o exame de fundo de olho e, quando necessário, solicita
o exame de campo visual.
O tipo
mais comum de glaucoma, o de ângulo aberto, está intimamente relacionado com a
pressão intraocular. Também chamado de glaucoma crônico simples, representa
mais de 80% dos casos da doença. Ele pode ser explicado por uma alteração na
anatomia da região do ângulo da câmara anterior do olho, e essa alteração acaba
por prejudicar o escoamento do humor aquoso que é produzido neste local. O
humor aquoso fica acumulado dentro do olho, o que acaba por aumentar a pressão
intraocular.
Esse
aumento da pressão intraocular muitas vezes é assintomático no início da
doença. A diminuição do campo visual acontece da periferia para o centro e só
causa perda visual em estágios avançados. É importante salientar que o acúmulo
de humor aquoso no interior do olho não está relacionado com sintomas de
lacrimejamento excessivo ou sintomas perceptíveis na parte externa do olho. Por
isso, é necessário o exame oftalmológico detalhado.
Em
casos de glaucoma não tratado, o paciente apresenta perda de visão periférica,
ou seja, quando olha para frente, enxerga nitidamente os objetos que estão
distantes, porém, não vê o que está nas laterais, como se o olho estivesse
observando através de um tubo. Nos estágios mais avançados, a visão central
também é afetada e o glaucoma pode evoluir para a cegueira.
Sendo
uma doença silenciosa, apenas com a consulta periódica com o médico
oftalmologista podemos detectar e evitar a progressão da doença glaucomatosa de
forma eficiente.
Fonte:
Setor de Comunicação URI Erechim RS