Pagamentos em ações trabalhistas no RS somaram R$ 2 bilhões no primeiro semestre
(foto
em anexo da fachada do TRT-4. Crédito: Secom/TRT4 - Divulgação)
A
Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul garantiu, no primeiro semestre deste
ano, o pagamento de R$ 2 bilhões a trabalhadores que tiveram direitos reconhecidos
em ações judiciais. A quantia é 82% superior à do mesmo período do ano passado,
quando foi pago R$ 1,1 bilhão.
As
decisões também reverteram, no mesmo período, R$ 279 milhões aos cofres
públicos, sendo R$ 203 milhões em contribuições previdenciárias, R$ 53 milhões
em imposto de renda e R$ 23 milhões em pagamento de custas.
Demanda
Entre
janeiro e junho, a Justiça do Trabalho gaúcha recebeu, no primeiro grau, 58.020
processos, aumento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2021 (55.924). Os
pedidos mais frequentes nas novas ações foram adicional de insalubridade, horas
extras, verbas rescisórias e indenização por dano moral. No segundo grau, houve
o ingresso de 31.483 casos novos, 30,8% a mais que no primeiro semestre do ano
passado (24.054).
Produtividade
O
primeiro grau solucionou, entre janeiro e junho, 52.558 processos na fase de
conhecimento, que vai do ajuizamento da ação até a sentença. O volume é 16,5%
maior em relação ao mesmo período de 2021 (45.083).
Na
fase de execução, que busca o pagamento de direitos trabalhistas reconhecidos
em juízo e que não foram pagos espontaneamente pelo devedor, houve o encerramento
de 35.090 processos, 45,5% a mais que no primeiro semestre do ano passado
(24.104)
A
produtividade do segundo grau se manteve no mesmo patamar: 29.086 processos julgados nos seis primeiros
meses de 2021. No mesmo período do ano passado, foram 29.836.
Equilíbrio
nas decisões
Do
total de processos solucionados no primeiro grau entre janeiro e junho, 43%
foram resolvidos por meio de acordo entre as partes, 36% tiveram procedência
parcial (autor ganhou um ou mais pedidos, mas outros não), 13% foram julgados
improcedentes (nenhum pedido do autor foi atendido), 7% foram totalmente
procedentes (todos os pedidos atendidos) e 1% tiveram outros encaminhamentos
(arquivamento ou extinção do processo, desistência do autor e outros).
Estoque
Em 30
de junho de 2022, a Justiça do Trabalho gaúcha tinha 270.768 processos em
tramitação no primeiro grau. No Tribunal, 26.203 processos aguardavam
julgamento.
Avaliação
O
presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), desembargador
Francisco Rossal de Araújo, elogiou o aumento da produtividade, especialmente
na etapa final dos processos, que concretiza o pagamento dos direitos. “Estamos
com uma política forte de conciliação e de efetividade na fase de execução. O
aumento do valor dos pagamentos certamente é reflexo desse esforço de magistrados
e servidores”, comentou.
Segundo
o magistrado, R$ 2 bilhões em seis meses é um valor significativo, equivalente
ao orçamento anual de um município de grande porte, como Canoas. “São valores
de acordos e decisões judiciais que vão para as mãos de quem tinha direito.
Além da justiça feita, os trabalhadores utilizam esse dinheiro e movimentam a
economia, o que é importante principalmente em um contexto de crise”, avaliou.
Outro
ponto destacado pelo presidente é o equilíbrio das decisões, começando pelo
alto índice de 43% de acordos. “Os percentuais de conciliação e procedência dos
pedidos mostram a ponderação da Justiça do Trabalho e reforçam o importante
papel da instituição na sociedade”, afirmou.
Conforme
o desembargador, os números poderiam ser ainda melhores, não fosse o déficit de
450 servidores, em um quadro de 3.540 postos. “Os dados mostram o desempenho da
Justiça do Trabalho gaúcha e o comprometimento de seus juízes e servidores com
a celeridade e a eficiência. Estamos
satisfeitos em desempenhar nosso trabalho e colaborar para a Justiça Social”,
concluiu.
Fonte:
Gabriel Borges Fortes
Assessor
de Imprensa
Tribunal
Regional do Trabalho da 4ª Região (RS)