Conquista histórica para Erechim e o sistema prisional do país
(Foto: Ascom - Área que será cedida para construção do novo presídio com cerca de 10 hectares)
Governo do Estado vai lançar amanhã
o edital do novo presídio de Erechim, ontem (19), o governador
do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, autorizou a publicação
da Parceria Público-Privada
Dia histórico para Erechim e o sistema prisional brasileiro. Isso porque o governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior, autorizou a liberação do edital da Parceria Público-Privada para construção do novo presídio estadual de Erechim, que pretende ser modelo para todo o Brasil. O projeto-piloto no país tem como premissa educação e trabalho e terá capacidade para 1200 vagas, em dois blocos de regime fechado, com 600 vagas cada e investimentos que chegam a R$ 150 milhões e PPP de 30 anos.
Conforme o prefeito, Paulo Polis, esta é uma conquista histórica
para o município de Erechim e, também, para o sistema prisional do país, por
trazer uma solução viável, humanitária, que efetivamente vai trabalhar a
ressocialização dos apenados e o retorno deles para a sociedade e a segurança
da população.
Primeira fase
“Neste primeiro momento, será construído um bloco de 600 vagas
com prazo de 24 meses para ficar pronto. O segundo bloco, com mais 600 vagas,
vai entrar em funcionamento em cinco anos, após a entrega do primeiro bloco”,
explica o prefeito Polis.
Gestão do Estado
“Um ponto muito importante é que a gestão e a direção do
presídio será feita pelo Estado, serão cerca de 280 funcionários, sendo em
torno de 80 deles servidores da Superintendência dos Serviços Penitenciários
(SUSEP)”, observa o prefeito.
Projeto pioneiro
Segundo o prefeito, Paulo Polis, a PPP para o novo presídio de
Erechim será a primeira do Brasil que tem como base a educação e o trabalho.
“Este modelo vai oferecer condições adequadas de detenção e busca a efetiva
reinserção dos apenados, fazer com que ele consiga ser um cidadão produtivo
novamente”, afirma.
Por que Erechim?
Entre as justificativas apresentadas na audiência pública estão
as ações judiciais, uma delas, ajuizada pelo Ministério Público do RS contra o
Estado do Rio Grande do Sul, iniciada a partir do desmoronamento do muro do
presídio estadual de Erechim, em janeiro de 2019, resultando na interdição do
pátio e ocasionando riscos de novos desabamentos em outros setores do prédio, colocando
em perigo a vida de apenados, servidores e visitantes.
Outra justificativa é que a unidade prisional de Erechim se
encontra superlotada e necessita de ampliação, já que tem capacidade para 239
pessoas detidas, e atualmente abriga 500 apenados, assim, com 261 presos além
da sua capacidade. Além disso, pela proximidade com Santa Catarina e por
pertencer a uma região com vocação para o trabalho prisional. A escolha de
Erechim se deu, também, em função de um acordo numa Ação Civil Pública que
questionava as condições atuais do estabelecimento prisional.
Fonte: Ascom