A Voz da Diocese Domingo 24, Segundo Dia Mundial dos Avós e Idosos
Minha
saudação fraterna todos os que acompanham Voz da Diocese, particularmente minha
saudação aos Avós e Idosos, por ocasião deste segundo Dia Mundial dos Avós e
Idosos, instituído pelo Papa Francisco.
Quero
apresentar uma síntese da mensagem do Papa para este dia.
Caríssima,
caríssimo, o versículo 15 do salmo 92, dão fruto até mesmo na velhice, é uma
boa notícia que podemos, por ocasião deste segundo dia mundial dos Avós e
Idosos, apresentar ao mundo, inicia o Papa. E prossegue:
Muitas
pessoas têm medo da velhice. Consideram-na uma espécie de doença, com a qual é
melhor evitar qualquer tipo de contato: os idosos não nos dizem respeito –
pensam elas – e é conveniente que estejam o mais longe possível, talvez juntos
uns com os outros, em estruturas que cuidem deles e nos livrem da obrigação de
nos ocuparmos das suas penas. É a «cultura do descarte». Mas, na realidade, uma
vida longa – ensina a Sagrada Escritura – é uma bênção, e os idosos não são
proscritos de quem se deve estar à larga, mas sinais vivos da benevolência de
Deus que efunde a vida em abundância. Bendita a casa que guarda um ancião!
Bendita a família que honra os seus avós!
Mas o mesmo Salmo, que repassa a presença do
Senhor nas diversas estações da existência, convida-nos a continuar a esperar:
chegada a velhice e os cabelos brancos, o Senhor continuará a dar-nos a vida e
não deixará que sejamos oprimidos pelo mal. Confiando n’Ele, encontraremos a
força para multiplicar o louvor (cf. Sal 71, 14-20) e descobriremos que
envelhecer não é apenas a deterioração natural do corpo ou a passagem
inevitável do tempo, mas também o dom duma vida longa. Envelhecer não é uma
condenação, mas uma bênção!
Por
isso, cultivando a nossa vida interior através da leitura assídua da Palavra de
Deus, da oração diária, do recurso habitual aos Sacramentos e da participação
na Liturgia, cultivemos as relações com os outros: antes de mais nada, com a
família, os filhos, os netos, a quem havemos de oferecer o nosso afeto cheio de
solicitude.
A
velhice não é um tempo inútil, mas uma estação para continuar a dar fruto: há
uma nova missão, que nos espera, convidando-nos a voltar os olhos para o
futuro. É o nosso contributo para a revolução da ternura, uma revolução
espiritual e desarmada da qual vos convido, queridos avós e idosos, a fazer-vos
protagonistas.
O
mundo vive um período de dura provação. Aprimoramos a nossa humanidade ao cuidar
do próximo e, hoje, podemos ser mestres dum modo de viver pacífico e atento aos
mais frágeis. Um dos frutos que somos chamados a produzir é o de guardar o
mundo. «Todos nos sentamos nos joelhos dos avós, que nos tiveram ao colo»; mas
hoje é o momento de colocar sobre os nossos joelhos – com a ajuda concreta ou
mesmo só com a oração. A nossa
imploração confiante pode fazer muito: é capaz de acompanhar o grito de dor de
quem sofre e pode contribuir para mudar os corações.
Deste
modo o Dia Mundial dos Avós e Idosos é uma oportunidade para dizer mais uma
vez, com alegria, que a Igreja quer fazer festa juntamente com aqueles que o
Senhor – como diz a Bíblia – «saciou com longos dias» (Sal 91, 16).
Celebremo-la juntos!
Peçamos
a Nossa Senhora, Mãe da Ternura, que faça de todos nós dignos artífices da
revolução da ternura para, juntos, libertarmos o mundo da sombra da solidão e
do demônio da guerra.
A
todos vós e aos vossos entes queridos, chegue a minha Bênção, com a certeza da
minha afetuosa proximidade. E, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim,
concluiu o Papa Francisco.
Parabéns
idosos e idosas. Deus abençoe a todos e um domingo.
Dom
Adimir Antonio Mazali, Bispo Diocesano de Erechim.