Evento na FAMURS apresenta novos ajustes na política habitacional do País
Secretário
de Obras Públicas, Habitação, Segurança e Proteção Social de Erechim, Mario
Rossi, participou da palestra, em Porto Alegre, com o secretário Nacional de
Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Alfredo Eduardo dos
Santos
O secretário de Obras Públicas, Habitação, Segurança e Proteção Social de Erechim, Mario Rossi, e o coordenador de Habitação, Adriano Chelepa, participaram, na última sexta-feira (22), do evento na Famurs, em Porto Alegre, em que o secretário Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Alfredo Eduardo dos Santos, apresentou os novos ajustes nas políticas habitacionais do governo federal.
“A nova adequação do programa vai beneficiar uma fatia maior da população mais necessitada de Erechim, cujo o déficit habitacional proporcional não difere muito dos dados nacionais apresentados no evento”, afirma o secretário, Mario Rossi.
Apresentação
Segundo
o secretário nacional, a meta é beneficiar 1,6 milhão de famílias no país, e
dar uma resposta ao deficit habitacional no Brasil que é estimado em 5,8
milhões de moradias. “No RS, o orçamento destinado soma R$ 2,9 bilhões”, disse.
Conforme
o secretário, Alfredo Eduardo dos Santos, o sentido da evolução da política
governamental é solucionar o deficit habitacional do país, com três objetivos
básicos. “Neste caminho, produzir novas unidades é apenas parte dessa resposta,
pois dentro das famílias que tem a renda na faixa 1, 2 e 3, 52% delas moram de
aluguel, índice muito alto para a realidade do país. Nem sempre a resposta está
em construir novas habitações. Buscamos adequações que permitissem que os
programas chegassem as famílias de baixa renda, municípios menores e, também,
com atenção a região Norte e Nordeste”, explica.
Envolvimento
dos municípios
Uma
das modalidades apresentadas abre a possibilidade de envolvimento dos
municípios e prevê aporte, por meio de contrapartidas, em complemento aos
descontos concedidos pelo FGTS, com o objetivo de reduzir o valor da entrada da
casa própria para famílias de baixa renda. Entre os requisitos para o ente
federado estão a contrapartida mínima de 20% (recurso financeiro, terreno ou
execução de obra incidente).
Pró-Moradia
Já o
Pró-Moradia é outra opção, voltada à regularização de assentamentos precários,
via financiamento pelo FGTS aos entes públicos para promover moradia adequada à
população com renda de até três salários-mínimos.
Dados
O
Brasil, entre 1950 e 2020, aumentou a sua população em 159 milhões de
habitantes. Além do crescimento populacional, houve uma concentração urbana no
período de 86%, o que contribuiu para aprofundar a falta de acesso digno à
moradia no país.
Atualmente,
o deficit habitacional no Brasil é estimado pela Fundação João Pinheiro em 5,8
milhões de moradias. Inclui domicílios improvisados, rústicos e coabitação
familiar, também moradias alugadas, quando o aluguel supera 30% do rendimento
domiciliar e quando tem mais três moradores para cada cômodo utilizado como
dormitório.
Mudanças
no programa Casa Verde e Amarela
O Conselho
Curador do FGTS aprovou mudanças importantes no Casa Verde e Amarela que vão
beneficiar ainda mais as pessoas que querem conquistar a casa própria. As principais
alterações são:
•
Mudanças dos valores das faixas de renda;
•
Alteração nas taxas de juros;
•
Ampliação do prazo de financiamento de 30 anos para 35 anos.
Faixa
de renda
Foram
ajustados os valores das faixas de renda do Casa Verde e Amarela, e alteradas
as taxas de juros de alguns grupos. Isso quer dizer que os juros para alguns
grupos de renda diminuíram e, principalmente, para quem é Pró-cotista do FGTS.
Juros
Com
isso, o Conselho do FGTS reduziu as taxas de juros do Programa Pró-Cotista em
1%. Ou seja, de 8,66% para 7,66% ao ano para imóveis de até R$ 350 mil. Já para
casas ou apartamentos com valor acima de R$ 350 mil, os juros diminuíram de
8,66% para 8,16% ao ano.
Para
ficar mais claro, o Casa Verde e Amarela funciona como um facilitador de
financiamento habitacional para famílias com baixa renda. Então, o primeiro
passo é saber quais são os requisitos para participar do programa. Depois, veja
em qual grupo de renda você se encaixa.
•
Grupo 1
Antes
– renda familiar de ate R$ 2 mil.
Agora
– renda familiar de até R$ 2.400,00.
•
Grupo 2
Antes
– famílias com renda familiar de R$ 2.000,01 até R$ 4 mil.
Agora
– pessoas com renda familiar de R$ 2.400,01 até R$ 4.400.
•
Grupo 3
Antes
– renda familiar de R$ 4.000,01 até R$ 7 mil.
Agora
– renda familiar de R$ 4.400,01 até R$ 8 mil.
Mais fácil
conquistar a casa própria
A
princípio, com as novas mudanças do Casa Verde e Amarela, agora ficou mais
fácil conquistar a casa própria. Em primeiro lugar, para as pessoas que tinham
uma renda maior que R$ 4 mil, pertenciam ao Grupo 3 do PCVA. Com essa mudança,
as famílias que têm renda familiar de até R$ 4.400, passam para o Grupo 2 do
PCVA e podem aproveitar as vantagens desta nova faixa de renda do Casa Verde e
Amarela.
Ou
seja, essas famílias terão as mesmas taxas de juros do Grupo 2, além de
conseguir maiores valores de subsídio. Para ficar mais claro, quem tinha uma
renda maior que R$ 4 mil não tinha direito ao subsídio, porque fazia parte do
Grupo 3 do PCVA. No entanto, com essa mudança, quem tem uma renda de até R$
4.400, também pode conseguir um subsídio Casa Verde e Amarela de até R$ 29 mil.
Em
outras palavras, você pode ter um desconto de até R$ 29 mil no valor total do
imóvel que você escolher para financiar através do Casa Verde e Amarela.
Outro
ponto importante é que as pessoas que tinham uma renda maior que R$ 7 mil não
poderiam fazer o financiamento do Casa Verde e Amarela. Agora, com a alteração
do limite de renda familiar do Grupo 3 para R$ 8 mil, novas famílias poderão
financiar a casa própria através do programa. Assim, as pessoas com renda maior
que R$ 7 mil vão poder aproveitar juros menores no financiamento da casa própria
com o Casa Verde e Amarela.
Além
disso, com o maior prazo de financiamento de 35 anos, o valor das parcelas
podem ficar menores. Isso quer dizer que, o financiamento não vai comprometer tanto
seu salário no fim do mês.
Quais
são os valores de subsídio oferecidos pelo PCVA?
Para
esclarecer, os valores do subsídio habitacional são definidos a partir da renda
familiar, da região onde está localizado o imóvel que a família deseja comprar
e o valor da casa ou do apartamento. Isso porque, cada grupo de renda conta com
um valor aproximado de subsídio definido pelo PCVA. São eles:
•
Grupo 1
Pessoas
com renda de até R$ 2.400,00 podem conseguir até R$ 47.500,00 de subsídio;
•
Grupo 2
Pessoas
com renda de R$ 2.400,01 até R$ 4.400 podem conseguir até R$ 29 mil de
subsídio.
Um
ponto importante é que as pessoas do Grupo 3 não têm direito ao subsídio.
Porém, com as mudanças do limite de renda dos grupos 2 e 3 do Casa Verde e
Amarela, agora quem ganha até R$ 4.400, passa a fazer parte do grupo 2 e pode
contar com um valor de subsídio de até R$ 29 mil.
Quem
pode participar do programa Casa Verde e Amarela?
De
modo geral, para participar do Casa Verde e Amarela é preciso estar em um dos
grupos de renda e atender as condições a seguir:
• ser
brasileiro ou naturalizado no país;
• ter
18 anos ou mais;
• não
ter nenhum imóvel próprio em seu nome;
• quem
não está financiando nenhum imóvel;
• que
não tenha participado de nenhum programa habitacional do Governo.
Fonte:
Ascom Prefeitura Erechim