Perspectivas positivas para a área da Engenharia Civil da URI
(Foto: Imprensa URI - Professor Ênio Pazzini Figueiredo tem esperança na volta do aquecimento do mercado de Engenharia)
Encerrado
na quinta-feira, 18, no Anfiteatro da URI, a terceira edição do Seminário
Tecnológico de Engenharia Civil do Alto Uruguai, promovido pelo Curso de
Engenharia Civil da Universidade. Além de apresentar as principais tecnologias
que vêm sendo empregadas no setor, o Seminário também revelou que o mercado
está em aquecimento, o que representa muita esperança, especialmente para
aqueles que estão cursando a graduação nessa área e mesmo para aqueles
estudantes que desejam realizar a sua formação nesse setor.
O
Professor Ênio Pazzini Figueiredo, que concedeu uma entrevista ao programa
Expressão Universitária, que vai ao ar nesta segunda-feira, às 21h30min,
justificou sua expectativa quanto à recuperação nessa importante área. “Os
últimos anos foram atípicos por causa da desaceleração da economia e, ao mesmo
tempo, desafiadores, principalmente por causa da pandemia. No entanto, o país
está carente de obras de infraestrutura, pois há um déficit habitacional
superior a 200 mil residências, apenas para citar uma estatística, mas existe
muito mais por ser feito no Brasil”, revelou.
O
Professor Ênio, que é Presidente da ALCONPAT Internacional (Associação
Iberoamericana de Patologia das Construções), e falou sobre a prevenção e
reabilitação de estruturas de concreto, afirmou que aqueles estudantes que
buscam a sua realização profissional nessa área, podem ter certeza de novos
tempos a partir de agora. “No entanto, eles precisam ter em mente que é preciso
muito estudo e dedicação para serem os melhores profissionais. Isso porque nós
centralizamos o nosso trabalho na área das “exatas”. O resultado dos nossos
projetos não podem gerar dúvidas, senão não seriam construídas obras que podem
enfrentar a alta velocidade dos ventos e, em outros países, até terremotos”,
informou.
A
última noite do Seminário também teve a presença de Rafael Timermann, professor
de cursos de pós-graduação para reabilitação, reforço e inspeção de estruturas
de pontes e viadutos. A sua fala versou sobre o projeto de recuperação e
substituição dos cabos da ponte pênsil da cidade de São Vicente, São
Paulo.
No dia
anterior, 17, o Seminário contou com mais duas conferências. Na primeira delas,
o professor da Unisinos, Roberto Chist, falou sobre a tecnologia dos concretos de
Ultra Alto Desempenho (UHPC), abordando os materiais envolvidos, aspectos de
dosagem, além das vantagens e aplicações no mercado da construção civil. Falou
também sobre as principais dificuldades relacionadas ao processo de mistura e
da importância da difusão do conhecimento sobre esse tipo de compósito
cimentício junto aos profissionais da área e academia.
Em
seguida, Fernanda Pacheco, também da Unisinos, abordou sobre os concretos autorregenerantes ou
autocicatrizantes. Relatou os diferentes meios que podem ser adotados para a
cicatrização e, também, os mecanismos internos de autocicatrização de fissuras
em concretos. Trouxe a evolução de pesquisas, com os principais avanços
científicos e tecnológicos sobre essa temática. Por fim, mencionou a relevância
das pesquisas nessa área, uma vez que podem contribuir para durabilidade e vida
útil das estruturas de concreto armado.
O
Seminário contou com o patrocínio da Qualify Laboratório de Concreto e
Materiais, e apoio do IBRACON (Instituto Brasileiro do Concreto) e ALCONPAT
Brasil (Associação Brasileira de Patologia das Construções).
Fonte:
Setor de Comunicação URI