50 por cento mais de investimentos na Alimentação Escolar
A
alimentação escolar, com foco na alimentação saudável e adequada, compreendendo
o uso de alimentos variados que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos
alimentares saudáveis, contribui para o crescimento e o desenvolvimento das
crianças/estudantes e para a melhoria do rendimento escolar.
Por
isso, a alimentação escolar é realizada através do Programa Nacional da
Alimentação Escolar (PNAE), que tem o objetivo de contribuir para o crescimento
e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a
formação de práticas alimentares saudáveis dos estudantes, por meio de ações de
educação alimentar e nutricional e da oferta de refeições que cubram as suas
necessidades nutricionais durante o período letivo.
Nos
últimos três anos, o aumento dos investimentos com a alimentação escolar é de
mais de 50%. A secretária de Educação, Verenice Lipsch, comenta que a
alimentação nas Escolas Municipais é um processo de organização controlado,
afinal são mais de 200 mil refeições por mês para mais de 6.700 estudantes. “No
mês de junho foram servidas 224.777 refeições entre as escolas de turno parcial
e integral. Cada nível tem um número de refeições e cardápio”, explica a
secretária. No berçário e maternal, por exemplo, são oferecidas cinco refeições
com mamadeira, fruta, almoço, mamadeira e lanche. Da Pré-Escola ao Ensino
Fundamental II são oferecidas três refeições com café, almoço e lanche.
Fundamental
na vida das pessoas
A
Ariane Pinheiro de Lima é mãe da estudante Valentina de Lima, do 2º ano da EMEF
Cristo Rei e fala da importância da alimentação no dia-dia. “A alimentação
escolar é importante para o desenvolvimento dos estudantes pois contribui para
o rendimento e a disposição na aprendizagem”, comenta a mãe da estudante.
Tão
importante que a Secretaria Municipal de Educação tem um setor específico para
a alimentação escolar, o qual dispõe de uma Coordenadora da Alimentação Escolar
e quatro Nutricionistas que elaboram semanalmente o cardápio para as escolas.
Isso tudo é definido com base na legislação do PNAE, onde no mínimo 70% dos
produtos devem ser in natura ou minimamente processados (carne, leite, frutas,
legumes, verduras, arroz, feijão, ovos), até 25% dos produtos devem ser
processados ou ultraprocessados (biscoitos, bolachas, massa, pães, cucas,
queijo, apresuntado, agnoline, tortéi) e até 5% ingredientes culinários
processados (óleo, extrato tomate, sal).
Para
se ter uma ideia, alimentos como arroz, feijão, massa, carne de gado e frango,
legumes, frutas, ovos, leite, pão, bolacha, cuca, queijo, apresuntado, além de
alimentos da época estão no dia-dia do cardápio que é preparado semanalmente e
elaborado para respeitar as necessidades nutricionais e estimular uma alimentação
adequada e saudável.
A
nutricionista Marina Colombo explica que os tipos de alimentos são organizados
conforme a faixa etária, o turno e a densidade energética necessária dos
estudantes. “Todo nosso trabalho é baseado na legislação, que diz que é
proibida a oferta de alimentos ultraprocessados e a adição de açúcar, mel e
adoçante nas preparações culinárias e bebidas para as crianças até três anos de
idade. Além disso, também nos adaptamos para atender aos estudantes
diagnosticados com necessidades alimentares especiais como doença celíaca,
diabetes, hipertensão, anemias, alergias e intolerâncias alimentares, dentre outras”,
comenta a nutricionista.
Alimentos
da agricultura familiar
No ano
passado, foram investidos 80.61% no PNAE, especificamente com alimentos da
agricultura familiar. Atualmente são três cooperativas envolvidas no
fornecimento. “A nossa renda do que é destinado a merenda escolar chegou a 40
por cento”, comenta o produtor, Paulo Balat que tem uma agroindústria de panificios
há 12 anos.
A
Secretaria de Educação em parceria com a Secretaria de Agricultura,
Abastecimento e Segurança Alimentar vem buscando a organização dos agricultores
através das cooperativas para que ofertem alimentos para a alimentação escolar.
“Isso contribui para a geração de renda para os agricultores familiares e as
escolas podem ofertar uma alimentação de qualidade”, destaca o secretário de
Agricultura, Abastecimento e Segurança Alimentar, William Racoski.
No ano
de 2022 está orçado cerca de 3.5 milhões de reais para a alimentação escolar,
com recurso do PNAE e recursos próprios da Prefeitura de Erechim, conforme
previsto no programa municipal Investe + Erechim, que engloba obras e serviços
nas áreas de educação, saúde, infraestrutura e tecnologia.
“A
gente sabe que para muitas famílias a alimentação da escola pode ser a mais
completa do dia, então vamos seguir investindo em alimentos e alimentação de
qualidade para nossos estudantes. Sem fome nossos meninos e meninas vão se
desenvolver através da educação”, finaliza o prefeito de Erechim, Paulo Polis.
Fonte:
Ascom