Mestrados da UFFS já diplomaram mais de 300 pessoas

(Aula do Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental (Créditos: Dolisete Levandoski/Divulgação/UFFS)

Gratuitos, os quatro programas de pós-graduação do Campus Erechim atraem acadêmicos não apenas da região, mas também de outras partes do Brasil

Para quem reside na região em que a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) está inserida, não apenas o sonho de cursar uma graduação gratuita se tornou algo real, mas também a possibilidade de fazer mestrados – também gratuitos – ficou mais acessível. Só no Campus Erechim, quatro programas de pós-graduação (PPGs) são ofertados: Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA), Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), Profissional em Educação (PPGPE) e Geografia (PPGGeo) – este último em parceria com o Campus Chapecó. No total, 332 pessoas já foram diplomadas, todas com o título de mestre.

Professora no município de Estação (RS), Marissandra Todero é egressa do Mestrado Profissional em Educação e sabe bem o que é ter a possibilidade de fazer uma pós-graduação gratuita em uma cidade próxima. “Sempre sonhei em continuar estudando e poder cursar o mestrado em uma Universidade Pública e Popular tão próxima da minha residência foi uma grande alegria”, conta. “Cursar o PPGPE foi um momento desafiador e formativo em minha vida profissional e pessoal”. Depois do mestrado, a professora seguiu para o doutorado – desta vez em uma universidade particular. “Hoje eu sigo o desafio no doutorado, mas sempre destacando a importância da caminhada formativa durante o PPGPE”, relata.

O Mestrado Profissional em Educação já diplomou 106 pessoas é o único do Campus Erechim voltado exclusivamente para quem fez algum curso de licenciatura. A área de concentração “Práticas Educativas” está associada aos objetos de investigação que dizem respeito a processos pedagógicos, políticas e gestão educacional e educação não formal. As linhas de pesquisa são duas: “Pesquisa em Processos Pedagógicos, Políticas e Gestão Educacional” e “Pesquisa em Educação Não-formal: Práticas Político-Sociais”.

Os mestrados da UFFS possibilitam que os egressos da própria instituição já vislumbrem, ainda na graduação, a possibilidade de continuar sua trajetória acadêmica. É o caso de Noelen Weise da Maia, que se formou em História em 2018. Ainda durante o curso, a acadêmica sabia da existência dos mestrados, embora a pós-graduação não estar em seu horizonte de desejos. Até que veio a pandemia do coronavírus e o desejo de voltar a estudar apareceu. “Saber que poderia tentar a pós-graduação no meu próprio município e de forma gratuita foi uma grata descoberta. A pós-graduação não fazia parte do horizonte de desejo e possibilidades justamente por pensar que teria que me deslocar até outras cidades”, revela Noelen, egressa do Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas.

“Acredito que para nós, pessoas de origem pobre, determinadas vitórias têm um gosto especial. Além de uma grande surpresa, o mestrado também foi uma grande oportunidade, possibilitando encontros com pesquisadores dos mais diversos locais, participação em grupos de estudos e pesquisa e, sobretudo, a possibilidade de ver que ocupar determinados espaços é preciso e também é possível”, relata a acadêmica. “O PPGICH permitiu pensar na possibilidade de tentar um doutorado e, consequentemente, dar continuidade à pesquisa que vinha sendo desenvolvida. Atualmente, sou doutoranda em Ciências Humanas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com bolsa Capes, e tenho a plena compreensão de que isto se deve, em grande parte, à formação obtida no PPGICH e à excelência da equipe docente e técnica-administrativa do curso”, diz.


 (Aula do Mestrado Profissional em Educação (Créditos: Wagner Lenhardt/Divulgação/UFFS)

O Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas já formou 98 mestres. Tem como campo de estudos as diversas modalidades de conhecimento que envolvem os saberes, a produção de identidades e de formas de subjetivação e os processos e práticas sociais, nos contextos sociais em que emergem, se desdobram, produzem e transformam. A produção do conhecimento, no programa, envolve necessariamente abordagens interdisciplinares com a participação de profissionais de diferentes campos formativos. As linhas de pesquisa são três: “Saberes, Processos e Práticas Sociais”, “Educação, Culturas e Cidadanias Contemporâneas” e “Sujeito e Linguagem”.

Além da gratuidade, a qualidade dos mestrados da UFFS também atrai pessoas de ouras regiões do Brasil. Formada em Engenharia Florestal pela Universidade de Brasília (UnB), Ana Clara Botafogo descobriu o Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental quando ainda estava na graduação. “Eu queria atuar na área de conservação de recursos naturais, porém, não sentia que essa área era forte onde eu estava, então fui atrás de outras universidades que pudessem me dar a experiência que estava buscando. Conheci a UFFS em 2018 quando eu ainda estava na graduação e, após me formar, coloquei ela na minha lista”, conta a mestranda.

“Pesquisei o currículo dos professores e gostei bastante do que vi, inclusive escolhi o meu orientador através dessa pesquisa inicial. Fui aprovada no PPGCTA e me mudei de estado para poder cursar as matérias e fazer meu projeto, o que foi mais uma experiência diferente. Também me dispus a fazer parte do colegiado como representante discente, para entender melhor como funciona um programa de pós-graduação e também para levar a pauta dos estudantes para os debates. Acredito que fiz uma excelente escolha ao vir para o PPGCTA, pois tanto as experiências dentro do ambiente acadêmico quanto fora estão sendo enriquecedoras”, diz Ana Clara.

O Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental foi o primeiro PPG criado na UFFS Campus Erechim e já conta com 112 diplomados. A área de concentração em Produção Sustentável e Conservação Ambiental está centrada na promoção da sustentabilidade dos agroecossistemas, no desenvolvimento de tecnologias e na manutenção das funções sistêmicas dos ambientes naturais. As pesquisas desenvolvidas são direcionadas para produzir conhecimento que possibilite entender o efeito das atividades humanas nos diversos ambientes e contribua no estabelecimento de métodos, técnicas e estratégias que visem ao desenvolvimento sustentável. As linhas de pesquisa são duas: “Sustentabilidade dos Agroecossistemas” e “Conservação dos Recursos Naturais”.

O mais jovem entre os quatro PPGs do Campus Erechim é o Mestrado em Geografia, ofertado em parceria com o Campus Chapecó e que já tem 16 diplomados. O PPGGeo visa proporcionar formação de recursos humanos em Geografia, aprimorando competências acadêmicas e científicas essenciais ao exercício de atividades de pesquisa, docência e outras inerentes ao mundo do trabalho e da vida em sociedade. A área de concentração é “Natureza, sociedade e espaço geográfico” e as linhas de pesquisa são duas: “Produção do espaço e dinâmicas naturais” e “Produção do espaço urbano-regional”. Os interessados devem ficar atentos: o curso está com edital aberto para ingresso. As informações estão em https://www.uffs.edu.br/campi/chapeco/cursos/mestradoch/mestrado-em-geografia/selecao-e-ingresso.

Alan Dalbosco é egresso da licenciatura em Geografia da UFFS e hoje é aluno do PPGGeo. “O mestrado proporcionado pela UFFS está sendo fundamental para a minha formação. Desde que ingressei, os conhecimentos obtidos durante a minha graduação foram extremamente ampliados, a participação no meio científico está maior, tanto em âmbito regional quanto internacional. A minha gratificação de fazer parte do PPGGeo também está muito atrelada ao corpo docente, pois além de toda a graduação, foi fomentada a continuidade para os estudos e as pesquisas”, diz Alan.

Quem tiver interesse em ingressar nos mestrados da UFFS deve ficar atento às páginas dos programas, onde são publicados os editais dos processos seletivos.

Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental: www.uffs.edu.br/ppgcta

Mestrado em Geografia: www.uffs.edu.br/ppggeo

Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas: www.uffs.edu.br/ppgich

Mestrado Profissional em Educação: www.uffs.edu.br/ppgpe

Por: Wagner Lenhardt Jornalista Assessoria de Comunicação (Ascom)

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